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كن داعيا معنا - الإسلام في الغرب كيف تكون داعي في البرازيل

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رسائل يمكنك نشرها


الرسالة  1 وجود الله


A existência de deus

A existência de Deus é a questão base das

religiões, daí que qualquer pessoa no seu perfeito

juízo, que olhe para este Universo e para a perfeição

do sistema a que o Ser Humano também pertence,

facilmente chegará à óbvia conclusão sobre o poder

Divino. Se meditar na criação dos céus e da terra, na

alternância entre o dia e a noite, na queda da chuva

que reaviva a terra morta, nas nuvens, na mudança

dos ventos, etc., chegará à conclusão que tudo isso

não surgiu casualmente, mas sim como resultado da

obra de uma força Prudente, Sábia e Toda-Poderosa.

O Ser Humano tem oportunidade de reparar no

simples bago de milho que, atirado à terra na forma

de semente, fende-se passado algum tempo, dele

nascendo uma planta tenra e mole, que por sua vez

também fende a terra, emergindo à sua superfície.

Quem fez isso de um grão inanimado?

Nós vemos que a partir de um ovo inanimado

nasce um ser vivo, que decorridos alguns dias anda,

voa e emite sons? Tudo isso são maravilhas da

Article Title  2 

Por isso Deus diz que, para os que acreditam

com convicção, existem muitos sinais na terra, e até

nele mesmo, bastando prestar atenção à maneira

como o Ser Humano ganhou forma no ventre de sua

mãe, meditando sobre quem o terá criado nesta bela

forma, quem lhe deu olhos para ver, ouvidos para

ouvir, língua para falar e saborear e nariz para

Meditemos sobre quem implantou no peito da

mulher, um sistema para a produção de leite que

alimenta o bebé recém-nascido. Meditemos sobre

quem controla a nossa vida e a nossa morte!

Se o Homem meditar nessas questões

relacionadas consigo próprio, encontrará uma única

resposta: Que é uma força prudente, poderosa e

invisível, que se chama Deus.

Deus diz no Al-Qur’án, que existe para nós,

uma grande lição no gado, pois a vaca, a cabra, ou a

ovelha, dão-nos a beber do seu ventre, uma bebida

pura e agradável (leite), que sai de entre o sangue e

Portanto, se alguém meditar no leite que

bebemos, e do local de onde sai, verá que o gado

alimenta-se de capim, do qual resulta por um lado o

excremento, e o sangue por outro. E de entre os dois,

Deus produz para nós o leite puro, agradável e

Article Title  3 

saudável para os que o bebem, sem a influência da

cor do sangue, nem do cheiro do excremento.

Quem fez tudo isso? Será que é uma obra da

própria vaca, ou do respectivo dono?

Será que ainda existe gente que duvida da

existência de Deus, o Criador do Mundo e do

Cada um de nós vê o céu, o Sol, a Lua, as

estrelas, o calor e a luz que eles produzem, vê os

rios, os mares, a terra, os jardins, os verdes e viçosos

campos de cultivo, os cereais, as árvores, as frutas

que delas nascem, as bonitas flores de onde exalam

Será que tudo isso apareceu sem intervenção de

ninguém? Ou será obra de algum cientista? Só

alguém com mente insana pode pensar assim.

Se eu pegar num livro escrito e disser para

alguém que as letras que nesse livro aparecem,

surgiram sem a intervenção de quem quer que seja,

e que sozinhas se colocaram ordeiramente no livro

tomando a forma de frases, poema ou marrativa,

será que alguém me vai levar a sério ou me vai

Se eu disser acerca do relógio, que ninguém o

fabricou mas sim, apareceu espontaneamente, ou do

automóvel em movimento, que não foi feito em

nenhuma fábrica, que apareceu sozinho, que dentro

Article Title  4 

dele não está nenhum motorista a conduzi-lo, que

circula sozinho, contornando as curvas e parando

quando necessário, alguém acreditará nas minhas

palavras? Obviamente que não!

Então, se um relógio, um carro, ou um livro não

podem aparecer sozinhos, como então este

magnífico Universo, com um sistema de

funcionamento tão sincronizado e tão perfeito, pode

ter aparecido sozinho?

Como é que o Ser Humano, com o seu coração,

o seu cérebro, as suas sinuosas veias, o seu

complexo sistema nervoso, os seus olhos, os seus

ouvidos, a sua língua, pode aparecer sozinho?

Se o relógio, o livro, o carro, etc., foram

fabricados por alguém, então não pode haver

dúvidas que por detrás deste Mundo e do Ser

Humano, existe alguém que os criou, que é Deus, o

Único, o Criador, o Soberano, o Absoluto. E não

podem ser vários deuses, pois de contrário haveria

confusão na terra e na criação, da mesma forma que

não pode haver dois reis ou dois presidentes num

espiritual, são os que foram vítimas de drogas e

A segurança está acima da alimentação, pois se

colocarmos num local comida para os pássaros, mas

Article Title  5 

se não houver segurança por exemplo, a pessoa ficar

ali perto, os pássaros jamais se aproximarão dessa

Daí deduzirmos a importância da segurança,

não só nos Humanos, mas em todos os seres vivos.

O viver na segurança é um grande favor de

Deus, pois podemos exercer as nossas actividades

diárias normalmente, as crianças podem ir à escola,

os adultos podem ir trabalhar, e movimentar-se à

Recordemos o tempo da guerra, quando não

havia segurança, como é que vivíamos?

Imaginemos como é que as pessoas devem estar

a viver no Iraque, na Somália, no Congo, no

Afeganistão, e noutros locais do mundo onde não há

segurança, e pronunciemos os louvores à Deus que

nos abençoou com a segurança.

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الرسالة 2 محمد في الإنجليل


Muhammad na Bíblia

Por Dr. Jamal Badawi

"Aqueles que seguem o Apóstolo, o Profeta iletrado, a quem eles acham  mencionado em sua Tora e no Evangelho..."

(Alcorão 7:157)

1. As Profecias Bíblicas sobre o Advento de Muhammad

Abraão é amplamente respeitado como o Patriarca do monoteísmo e o pai comum de judeus, cristãos e muçulmanos. Através de seu segundo filho, Isaac, vieram todos os profetas, inclusive os mais proeminentes, como Jacó, José, Moisés, Davi, Salomão e Jesus. Que a paz e a bênção de Deus estejam sobre todos eles. O advento desses grandes profetas foi um cumprimento parcial das promessas de Deus, de abençoar as nações da terra através dos descendentes de Abrão (Gênesis 12:2.3). Este fato é sinceramente aceito pelos muçulmanos, cuja fé considera a crença e o respeito a todos os profetas um artigo de fé.

2. As Bênçãos de Ismael e Isaac

Estaria o primogênito de Abraão (Ismael) e seus descendentes incluídos no pacto e na promessa de Deus? Alguns versículos da Bíblia podem ajudar a esclarecer  um pouco esta questão:

1) Gênesis 12:2-3 fala da promessa de Deus a Abraão e seus descendentes antes que qualquer filho seu nascesse.

2) Gênesis 17:4 reitera a promessa de Deus após o nascimento de Ismael e antes do nascimento de Isaac.

3) Gênesis, cap. 21 Isaac é especialmente abençoado, mas Ismael, a quem Deus prometeu transformar em uma "grande nação", também é especialmente abençoado, principalmente em Gênesis 21:13, 18.

4) De acordo com Deuteronômio 2l:15-17, os direitos e privilégios tradicionais do primogênito não podem ser alterados por causa do "status" de sua mãe (seja uma mulher livre, como Sara, a mãe de Isaac, ou uma escrava, como Hagar, a  mãe de Ismael). Este fato, apenas confirma os princípios humanitários e morais de todas as crenças reveladas.

5) A legitimidade completa de Ismael como filho e "semente" de Abraão, e a legitimidade completa de sua mãe, Hagar, como esposa de Abraão, estão claramente declaradas em Gênesis 21:13 e 16:3.

Depois de Jesus, como o último profeta e mensageiro israelita, chegou a hora de a promessa de Deus, de abençoar Ismael e seus descendentes, ser cumprida.

Menos de 600 anos anos depois de Jesus, chegou o último mensageiro de Deus, Muhammad, da descendência de Abraão, através de Ismael. As bênçãos de Deus  sobre os dois principais ramos da árvore genealógica de Abraão estavam agora cumpridas. Mas, haverá outras provas que corroborem o fato de que a Bíblia, na verdade, predisse a chegada de Muhammad?

3. Muhammad: O Profeta como Moisés

Muito tempo depois de Abraão, a promessa de Deus de enviar um tão esperado Mensageiro foi repetida, desta vez nas palavras de Moisés.

Em Deuteronômio 18:18, Moisés assim falou sobre o profeta a ser enviado por Deus:

1) Dentre os familiares dos israelitas, numa clara referência aos seus primos ismaelitas porque Ismael era o outro filho de Abraão, a quem foi prometido, explicitamente, se tornar uma "grande nação".

2) Um profeta como Moisés. Jamais houve dois profetas tão semelhantes entre si como Moisés e Muhammad. Ambos receberam um extenso código legal de vida, ambos enfrentaram seus inimigos e foram vencedores de forma miraculosa, ambos eram aceitos como profetas/autoridades e ambos migraram em razão de conspirações para assassiná-los. As analogias entre Moisés e Jesus deixam passar, não somente essas semelhanças mas, também, outras importantes (por exemplo, o nascimento natural, vida familiar e morte de Moisés e Muhammad, mas não de Jesus, que era respeitado por seus seguidores como o Filho de Deus e não como um mensageiro de Deus, exclusivamente, como Moisés e Muhammad o eram e como os muçulmanos acreditam que Jesus era).

4. O Profeta Esperado tinha que Vir da Arábia

O Deuteronômio 33:1.2 combina as referências a Moisés, Jesus e Muhammad.

Fala de Deus (isto é, da revelação de Deus) chegando do Sinai, surgindo de Seir (provavelmente a cidade de As'ir, próxima a Jerusalém) e brilhando além de Paran. De acordo com Gênesis 2l:2l, o deserto de Paran era o lugar onde Ismael acampou (isto é, a Arábia, especificamente Macca).

Na verdade, a versão da Bíblia do Rei James, menciona os peregrinos passando pelo vale de Ba'ca (um outro nome de Macca) nos Salmos 84:4-6.

Isaías 42:1-13, fala do amado de Deus. Seu eleito e mensageiro que trará a lei a ser aguardada nas ilhas e que "não fracassará nem desanimará até que ele tenha fixado o julgamento sobre a terra." O versículo 11, liga aquele mensageiro aguardado aos descendentes de Ke'dar. Quem é Ke'dar? De acordo com o Gênesis 25:13, Ke'dar era o segundo filho de Ismael, o antepassado de Muhammad.


5. Estaria a Migração de Muhammad de macca para Medina

Profetizada na Bíblia?

Habakkuk 3:3 fala de Deus (ajuda de Deus) vindo de Te'man (um oásis ao norte de Medina, de acordo com o Dicionário da Bíblia deJ. Hasting) e do santo (vindo) de Paran. Aquele santo, que, sob perseguição, migrou de Paran (Macca) para ser recebido entusiasticamente em Medina, não era outro senão o profeta Muhammad.

Na verdade, o incidente da migração do profeta, e de seus seguidores perseguidos, está descrito com todas as cores em Isaías 21:13-17, assim como profetiza a batalha de Badr, na qual uns poucos fiéis desarmados, milagrosamente derrotaram os poderosos de Ke'dar, que queriam destruir o Islam e intimidar seus próprios companheiros, que se voltavam para o Islam.

6. O Nobre Alcorão foi Profetizado na Bíblia?

Durante 23 anos, as palavras de Deus (o Alcorão) foram sendo postas na boca de Muhammad. Ele  não foi o autor do Alcorão. O Alcorão foi ditado a ele pelo Anjo Gabriel, que pedia que Muhammad simplesmente repetisse as palavras, conforme ele as ia ouvindo. Estas palavras foram, então, guardadas na memória e escritas por aqueles que as ouviram durante a existência de Muhammad, e sob sua supervisão.

Seria, então, uma coincidência, que o profeta "como Moisés", da "família " dos israelitas (isto é, dos ismaelitas), fosse também descrito como aquele, em cuja boca Deus poria suas palavras, e que falaria em nome de Deus? (Deuteronômio 18:18) Também teria sido coincidência que o "Paracleto" , cuja chegada Jesus profetizou, fosse descrito como aquele que "não falar´ por ele, mas por aquilo que ele ouvirá, que ele falará ..."? (João 16:13)

Teria sido uma outra coincidência, que Isaías fizesse a conexão entre o mensageiro, ligado a Ke'dar, e uma nova canção (uma escritura numa nova língua) para ser cantada pelo Senhor? (Isaías 42:10-11). Mais explicitamente,  Isaías profetiza "com lábios balbuciantes, e uma outra língua, falará a seu povo" (Isaías 28:11). Este último versículo, descreve corretamente os "lábios balbuciantes" do Profeta Muhammad, refletindo o estado de tensão e concentração que ele atingiu durante o tempo da revelação. Um outro ponto é que o Alcorão foi revelado em pequenas doses, durante 23 anos. É interessante comparar este fato com Isaías 28:19, que fala a mesma coisa.

6. Aquele Profeta, o Paracleto, Muhammad

Na época de Jesus (a paz esteja sobre ele), os israelitas ainda esperavam por aquele profeta como Moisés, conforme profetizado em Deuteronômio 18:18. Quando João Batista chegou, foi-lhe perguntado se ele era o Cristo e ele respondeu "não". Então lhe perguntaram se era Elias, e ele lhes disse que "não". Então, numa aparente referência ao Deuteronômio 18:18, lhe perguntaram "Você é aquele Profeta?" e João respondeu que não (João 1:19-21).

No Evangelho segundo João (capítulos 14, 15, 16), Jesus falou do "Paracleto", ou o consolador, que chegaria depois dele, que seria enviado pelo pai como um outro Paracleto, que ensinaria novas coisas que os contemporâneos de Jesus não podiam entender. Ainda que o Paracleto seja descrito como o espírito da verdade, (cujo significado lembra o famoso título de Muhammad, Al-Amin, o honrado), ele é identificado em um único versículo como o Espírito Santo (João 14:26).

Contudo, tal designação é inconsistente com o perfil daquele Paracleto. Nas palavras do Dicionário da Bíblia (Ed. J. Mackenzie), "Estes itens, deve-se admitir, não são um quadro completamente coerente."

Na verdade, a história nos fala que muitos dos primeiros cristãos entendiam que o Paracleto era um homem e não um espírito. Isto talvez explicasse porque respondiam àqueles que reivindicavam, sem encontrar o critério estipulado por Jesus, ser ele o esperado "Paracleto".

O Profeta Muhammad (que a paz esteja sobre ele) foi o Paracleto., o Consolador, o socorredor, o admoestador enviado por Deus após Jesus. Ele testemunhou sobre Jesus, ensinou novas coisas que não poderiam ter sido ensinadas no tempo de Jesus, falou o que ele ouvia (revelação), habita entre os crentes (através de seus ensinamentos preservados). Tais ensinamentos permanecerão para sempre, porque ele foi o último mensageiro de Deus, o único Mensageiro Universal a unir toda a humanidade ao abrigo de Deus e no caminho da verdade PRESERVADA.

Ele falou sobre muitas coisas que estariam por vir nos mínimos detalhes, sobre o critério dado por Moisés para distinguir entre os falsos e os verdadeiros profetas (Deuteronômio 18:22). Ele reprovou o mundo do pecado, falou sobre a justiça e o julgamento (João 16:8-11).

7. A Mudança da Liderança Religiosa Foi Profetizada?

Após a rejeição do último profeta israelita, Jesus, já era tempo de que a promessa  de Deus, de fazer de Ismael uma grande nação, fosse cumprida (Gênesis 21:19, 18).

Em Mateus 21:19-21, Jesus falou da figueira sem frutos (um símbolo bíblico de herança profética) a ser liberada, após ter sido dada uma última chance de três anos (a duração do ministério de Jesus) para dar frutos. Em um versículo posterior, no mesmo capítulo, Jesus disse: Em verdade, vos digo: o reino de Deus será tomado de vós e entregue a uma nação que produzirá o fruto a partir daí."

(Mateus 21:43). Aquela nação dos descendentes dos ismaelitas (a pedra rejeitada em Mateus 21:42), que venceu todos os super-poderes de seu tempo, conforme profetizado por Jesus: "E quem quer que caia sobre esta pedra se quebrará, mas sobre quem ela cair, pulverizar-se-á." (Mateus 2l:44).

8. Coincidência?

Será possível que as numerosas profecias aqui citadas estejam, individualmente ou combinadas, no contexto das interpretações erradas? Será o contrário verdade, isto é, que tais versículos raramente estudados se encaixam e, consistente e claramente, apontam para o advento do homem que mudou o curso da história humana, Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele)? Será razoável concluir que todas essas profecias, que aparecem em diferentes livros da Bíblia, e ditas por vários profetas, em épocas diferentes, fossem todas coincidência? Se assim for, eis aqui uma outra estranha "coincidência"!

Um dos sinais do profeta que chegará de Paran (Macca),éé que ele virá "com 10.000 santos" (Deuteronômio 33:2 KJV). Este era o número de fiéis que acompanharam o Profeta Muhammad a Paran (Macca), em seu retorno vitorioso, sem derramamento de sangue, à sua terra natal, para destruir os símbolos remanescentes da idolatria na Ka'bah.

Caro Leitor:

Possa a luz da verdade brilhar em seu coração e mente. Que possa levá-lo no caminho da paz e da certeza nesta vida, e da felicidade eterna no Além.





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الرسالة 3 من هو الله
المرجوا نشر هذا بشكل كبير لأن الكثير من الرازيليين يضنون أننا نعبد إلاه غير إله الذي فطر السموات والأرض ويضنون أنا نعبد شي أخر مختلف إسمه الله ,, ولكن في الحقيقة الله هو إلاهنا وإلاههم...




Quem é Allah?
Alguns dos maiores equívocos que muitos não-muçulmanos cometem sobre o Islã têm a ver com a palavra “Allah.”  Por várias razões, muitas pessoas passaram a acreditar que os muçulmanos adoram um Deus diferente dos cristãos e judeus.  Isso é totalmente falso, uma vez que “Allah” é simplesmente a palavra árabe para “Deus” – e só existe Um Deus.  Para que não haja dúvidas, os muçulmanos adoram o Deus de Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus – que a paz esteja sobre todos eles.  Entretanto, é certamente verdade que os judeus, cristãos e muçulmanos têm conceitos diferentes de Deus Todo-Poderoso.  Por exemplo, os muçulmanos – como os judeus - rejeitam as crenças cristãs da Trindade e da Encarnação Divina.  Isso, entretanto, não significa que cada uma dessas três religiões adore um Deus diferente - porque, como já dissemos, existe apenas Um Verdadeiro Deus.  O Judaísmo, o Cristianismo e o Islã reivindicam ser “Fés Abrâmicas”, e todas elas são classificadas como “monoteístas.”  Entretanto, o Islã ensina que outras religiões têm, de um jeito ou de outro, distorcido e anulado uma crença pura e correta em Deus Todo-Poderoso ao negligenciar Seus ensinamentos verdadeiros e misturá-los com idéias feitas pelo homem.
Primeiro, é importante notar que “Allah” é a mesma palavra que os cristãos e judeus que falam árabe usam para Deus.  Se você pegar uma Bíblia árabe, você verá a palavra “Allah” sendo usada onde “Deus” é usado em português.  Isso é porque “Allah” é a palavra em língua árabe equivalente a palavra em português “Deus” com “D” maiúsculo.  Adicionalmente, a palavra “Allah” não pode ter plural, um fato que anda de mãos dadas com o conceito islâmico de Deus.
É interessante notar que a palavra aramaica “El”, que é a palavra para Deus na língua que Jesus falava, é certamente mais semelhante em som à palavra “Allah” do que a palavra em português “Deus.”  Isso também é verdadeiro para as várias palavras hebraicas para Deus, que são “El” e “Elah”, e a forma plural ou glorificada “Elohim.” A razão para essas similaridades é que o aramaico, o hebraico e o árabe são todas línguas semitas com origens comuns.  Também deve ser notado que ao traduzir a Bíblia para outros idiomas, o palavra hebraica “El” é traduzida de várias formas como “Deus”, “deus” e “anjo”!  Essa linguagem imprecisa permite que tradutores diferentes, baseados em suas noções pré-concebidas, traduzam a palavra para adequá-la às suas próprias opiniões.  A palavra árabe “Allah” não apresenta essa dificuldade ou ambigüidade, uma vez que é usada somente para Deus Todo-Poderoso.  Adicionalmente, em português, a única diferença entre “deus”, significando um deus falso, e “Deus”, significando o Único Verdadeiro Deus, é o “D” maiúsculo.  Devido aos fatos mencionados acima, uma tradução mais precisa da palavra “Allah” em português seria “O Único Deus” ou “O Único Verdadeiro Deus.”
O que é mais importante, deve também ser notado que a palavra árabe “Allah” contém uma mensagem religiosa profunda devido à raiz de seu significado e origem.   É porque ela deriva do verbo árabe ta’allaha (ou alaha), que significa “ser adorado.”  Portanto, em árabe, a palavra “Allah” significa “O Único merecedor de toda adoração.”  Isso, em poucas palavras, é a mensagem de Monoteísmo Puro do Islã.
É suficiente dizer que apenas porque alguém clama ser um judeu, cristão ou muçulmano “monoteísta” não o impede de incorrer em crenças corruptas ou práticas idólatras.  Muitas pessoas, incluindo alguns muçulmanos, reivindicam crença em “Um Deus” mesmo incorrendo em atos de idolatria.  Certamente, muitos protestantes acusam os católicos romanos de práticas idólatras em relação aos santos e à Virgem Maria.  Da mesma forma, a Igreja Ortodoxa Grega é considerada “idólatra” por muitos outros cristãos porque em muitas das suas adorações eles usam ícones.  Entretanto, se você perguntar a um católico romano ou a um grego ortodoxo se Deus é “Um”, eles invariavelmente responderão: “Sim!.” Essa afirmação, entretanto, não os impede de serem idólatras “adoradores de criaturas”.  O mesmo serve para os hindus, que apenas consideram seus deuses como “manifestações” ou “encarnações” do Único Deus Supremo.
Antes de concluir...existem algumas pessoas, que obviamente não estão do lado da verdade, que querem que as pessoas acreditem que “Allah” é algum “deus” árabe, e que o Islã é completamente “outro” – significando que não tem raízes comuns com outras religiões abrâmicas (ou seja, Cristianismo e Judaísmo).  Dizer que os muçulmanos adoram um “Deus” diferente porque eles dizem “Allah” é tão ilógico quanto dizer que os franceses adoram outro Deus porque eles usam a palavra “Dieu”, que os que falam espanhol adoram um Deus diferente porque dizem “Dios” ou que os hebreus adoravam um Deus diferente porque às vezes O chamavam “Javé.”  Certamente, esse tipo de raciocínio é muito ridículo!  Também deve ser mencionado que reivindicar que qualquer idioma usa a única palavra correta para Deus é equivalente a negar a universalidade da mensagem de Deus para a humanidade, que foi para todas as nações, tribos e povos através de vários profetas que falavam línguas diferentes.
Nós gostaríamos de perguntar aos nossos leitores sobre os motivos dessas pessoas.  A razão é que a Verdade Suprema do Islã se baseia em solo firme e sua crença inabalável na Unicidade de Deus está acima de repreensão.  Por essa razão os cristãos não podem criticar suas doutrinas diretamente, e ao invés disso fabricam coisas sobre o Islã que não são verdadeiras para que as pessoas percam o desejo de aprender mais.  Se o Islã fosse apresentado da maneira correta para o mundo, certamente poderia fazer muitas pessoas reconsiderarem e reavaliarem suas próprias crenças.  É muito provável que quando descobrirem que existe uma religião universal no mundo que ensina às pessoas a adorarem e amarem Deus, enquanto praticam o Monoteísmo Puro, sintam que devam ao menos reexaminar as bases de suas próprias crenças e doutrinas.




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الرسالة 4 فوائد الإسلام


Alguns Benefícios do Islam
O Islam fornece muitos benefícios para o indivíduo e a sociedade. Esse capítulo menciona alguns dos benefícios obtidos através do Islã para o indivíduo.

A Porta para o Paraíso Eterno

Deus disse no Alcorão:
E dê boas novas (Ó Muhammad) a todos aqueles que crêem e fazem boas obras, porque deles são os jardins (Paraíso) nos quais correm os rios... (Alcorão, 2:25)
Deus também disse:
Compitam uns com os outros pelo perdão de seu Senhor e pelo Paraíso, cuja largura é como a largura dos céus e da terra, que foi preparada para aqueles que crêem em Deus e Seus mensageiros... (Alcorão, 57:21)
O Profeta Muhammad nos disse que o mais baixo em posição entre os habitantes do Paraíso terá dez vezes o equivalente a esse mundo1 e ele ou ela terá o que ele ou ela desejar e dez vezes isso2. O Profeta Muhammad também disse: {Um espaço no Paraíso equivalente ao tamanho de um pé seria melhor do que o mundo e tudo que ele contém.}3 Ele também disse: {No Paraíso existem coisas que nenhum olho jamais viu, nenhum ouvido jamais ouviu, e nenhuma mente humana foi capaz de imaginar.}4 Ele também disse: {O homem mais miserável no mundo entre aqueles destinados ao Paraíso será imerso uma vez no Paraíso. Então ele será perguntado, “Filho de Adão, alguma vez você passou por miséria? Alguma vez enfrentou qualquer dificuldade?” Então ele dirá, “Não, por Deus, Ó Senhor! Eu nunca passei por qualquer miséria, e nunca enfrentei qualquer dificuldade."}5
Se você entrar no Paraíso viverá uma vida muito feliz sem doenças, dor, tristeza ou morte; Deus estará satisfeito com você; e você viverá lá para sempre. Deus disse no Alcorão:
Mas aqueles que crêem e fazem boas obras, Nós os admitiremos nos jardins (Paraíso) nos quais correm os rios, habitando lá para sempre... (Alcorão, 4:57)
(1) Narrado em Saheeh Al-Bukhari, 1, e Saheeh Muslim, #186
(2) Narrado em Saheeh Al-Bukhari, 2, e Mosnad Ahmad #10832
(3) Narrado em Saheeh Al-Bukhari, #6568, e Mosnad Ahmad, #13368
(4) Narrado em Saheeh Muslim, #2825, e Mosnad Ahmad, #8609
(5) Narrado em Saheeh Muslim, #2807, e Mosnad Ahmad, #12699

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الرسالة 5
الحياة بعد الموت


Vida Após a Morte
A questão se existe ou não vida após a morte não recai no ramo da ciência, porque a ciência só está preocupada com a classificação e análise de dados registrados. Além disso, o homem tem estado ocupado com questionamentos e pesquisas científicos, no sentido moderno, apenas nos últimos séculos, enquanto ele tem estado familiarizado com a idéia de vida após a morte desde tempos imemoriais. Todos os profetas de Deus chamaram seus povos para adorar a Deus e para acreditar na vida após a morte. Eles deram muita ênfase na crença na vida após a morte que até a menor dúvida em relação a isso significava negar Deus, fazendo com que todas as outras crenças não tivessem sentido. Os profetas de Deus vieram e foram, as épocas de seus adventos se estenderam em milhares de anos, e ainda assim a vida após a morte foi proclamada por todos eles. O simples fato de que todos lidaram com essa questão metafísica de forma tão confiante e uniforme prova que a fonte de seu conhecimento do que esperar após a morte era a mesma: revelação divina.
Nós também sabemos que esses profetas de Deus sofreram grande oposição por parte de seu povo, principalmente na questão da ressurreição após a pessoa ter morrido, uma vez que as pessoas pensavam que isso fosse impossível. Mas apesar dessa oposição, os profetas conquistaram muitos seguidores sinceros. A questão sobre o que fez aqueles seguidores abandonarem seus sistemas de crença anteriores se apresenta. O que os levou a rejeitar as crenças estabelecidas, tradições e costumes de seus antepassados a ponto de arriscarem serem totalmente alienados de sua própria comunidade? A resposta simples é que eles fizeram uso de suas faculdades mentais e do coração, e perceberam a verdade. Eles perceberam a verdade através de experimentação? Não pode ser, uma vez que a experiência perceptiva de vida após a morte é impossível. 
Na verdade, Deus deu ao homem, além da consciência perceptiva, a consciência racional, estética e moral também. É essa consciência que guia o homem em relação a realidades que não podem ser verificadas por dados sensoriais. É por isso que todos os profetas de Deus, enquanto chamavam o povo para acreditar em Deus e na outra vida, apelaram para os lados estético, moral e racional do homem.  Por exemplo, quando os idólatras de Meca negaram até mesmo a possibilidade de vida após a morte, o Alcorão expôs a fragilidade de suas posições apresentando argumentos muito lógicos e racionais:
“E, esquecendo sua criação, propõe, para Nós, um exemplo. Diz: ‘Quem dará vida aos ossos quando tiverem só os resquícios?' Dize: ‘Quem os fez surgir da primeira vez lhes dará vida e Ele é o Conhecedor de toda a criação, Aquele que vos fez fogo, das árvores verdes, que com elas acendeis. Não é Aquele que criou os céus e a terra, capaz de criar seus iguais? Sim, e Ele é o Criador Supremo, o Onisciente.” (Alcorão 36:78-81)
Em outra ocasião, o Alcorão diz muito claramente que os descrentes não têm base sólida para sua negação da vida após a morte. É baseada em pura conjectura:
“Eles dizem: ‘Não há senão nossa vida terrena; morremos e vivemos e nada nos aniquila senão o tempo.’ E eles não têm disso ciência alguma. Eles nada fazem senão conjecturar.  E quando  Nossos versículos são recitados para eles, seu único argumento é dizer, ‘Fazei vir nossos pais, se sois verídicos.’” (Alcorão 45:24-25)
Certamente Deus ressuscitará todos da morte, mas não por nosso capricho ou para nossa tola inspeção no mundo mundano; Deus tem Seu próprio plano. Um dia virá quando todo o universo será destruído, e então os mortos serão ressuscitados para se apresentarem perante Deus.  Aquele dia será o início da vida que nunca terminará e, naquele Dia, toda pessoa será recompensada por Deus de acordo com seus bons e maus atos.
A explicação que o Alcorão dá sobre a necessidade da vida após a morte é o que a consciência moral do homem demanda.  Na verdade, se não existisse vida após a morte, a própria crença em Deus se tornaria irrelevante, ou, mesmo que alguém acreditasse em Deus, seria um Deus injusto e indiferente. Ele teria sido um Deus que um dia criou o homem, sem se preocupar com o seu destino depois. Com certeza, Deus é justo. Ele punirá os tiranos cujos crimes são incontáveis: mataram centenas de pessoas inocentes, criaram grande corrupção na sociedade, escravizaram inúmeras pessoas para servirem aos seus caprichos, e assim por diante. O homem, que tem uma vida muito curta nesse mundo, e como esse mundo físico também não é eterno, as punições e recompensas para os maus e nobres atos das pessoas não é possível aqui. O Alcorão de forma enfática afirma que o Dia do Juízo deve vir e que Deus decidirá sobre o destino de cada alma de acordo com o registro de suas ações:
“E os que descrêem dizem: A Hora não nos chegará. Dize: Sim, por meu Senhor, com certeza vos chegará. Ele é o Conhecedor do Invisível.  Nem o peso do átomo, ou nada maior ou menor que isso, escapa Dele nos céus e na terra, que não esteja no Registro. Para recompensar os que crêem e fazem boas obras. Esses terão o perdão e generoso sustento.  Mas aqueles que se empenham em negar nossas revelações, Nos desafiando, deles será um doloroso castigo.” (Alcorão 34:3-5)
O Dia da Ressurreição será o Dia em que os atributos de Justiça e Misericórdia de Deus serão plenamente manifestados.  Deus cobrirá com Sua misericórdia aqueles que sofreram por Sua causa nessa vida terrena, acreditando que uma bênção eterna os esperava. Mas aqueles que abusaram dos limites de Deus, não se importando com a vida que estava por vir, estarão na condição mais miserável.
Traçando uma comparação entre eles o Alcorão diz:
“E será que aquele a quem prometemos uma bela promessa – e com ela encontrará – é como aquele a quem fizemos gozar o gozo da vida terrena e então, no Dia da Ressurreição, será trazido para comparecer perante Deus?” (Alcorão 28:61)
O Alcorão também declara que esta vida terrena é uma preparação para a vida eterna após a morte.  Mas aqueles que a negam se tornam escravos de suas paixões e desejos, e ironizam as pessoas virtuosas e conscientes de Deus.   Tais pessoas percebem sua tolice apenas no momento de sua morte e desejam em vão que lhes seja dada outra chance no mundo.  Seu estado miserável no momento da morte, o horror do Dia do Juízo, e a bênção eterna garantida aos crentes sinceros são mencionados de forma bela nos seguintes versículos do Alcorão.
“Quando a morte chega a um deles, diz, ‘Meu Senhor, envia-me de volta, de modo que eu faça o que é certo naquilo que negligenciei.’ Mas não! É apenas uma palavra vã que ele fala; e haverá uma barreira até o dia em que será ressuscitado. E quando a Trombeta soprar não haverá parentesco entre eles naquele dia, nem perguntarão uns sobre os outros. Então aqueles cujos pesos em boas obras forem pesados, serão os bem-aventurados. E aqueles cujos pesos forem leves, esses perderão suas almas e ficarão eternamente na Geena.” (Alcorão 23:99-104)
A crença na vida após a morte não apenas garante sucesso na Outra Vida, mas também faz esse mundo ser cheio de paz e felicidade. Isso é obtido fazendo os indivíduos excessivamente responsáveis e conscientes em suas atividades devido à sua consciência de Deus: o temor de Sua punição e esperança de Sua recompensa.
Pense no povo da Arábia. Jogatina, vinho, feudos tribais, pilhagem e assassinato eram as características principais de sua sociedade quando não acreditavam na outra vida.  Mas tão logo eles aceitaram a crença no Deus Único e na vida após a morte, eles se tornaram a nação mais disciplinada do mundo. Eles abriram mão de seus vícios, ajudaram uns aos outros nos momentos de necessidade, e acertaram suas disputas com base em justiça e igualdade. Da mesma forma, a negação da vida após a morte tem suas conseqüências não apenas na Outra Vida, mas também neste mundo. Quando uma nação como um todo a nega, todos os tipos de males e corrupção se tornam difundidos naquela sociedade e, por fim, ela é destruída. O Alcorão menciona o terrível fim de Ad, Tamud e do Faraó com algum detalhe:
“Os povos de Tamud e de Ad desmentiram a calamidade.   Quanto ao povo de Tamud, foi fulminado pôr um furioso e impetuoso furacão, que Deus desencadeou sobre eles durante sete noites e oito nefastos dias, em que poderias ver aqueles homens jazentes como se fossem troncos desmoronados de tamareiras.
“Porventura, tens visto algum sobrevivente entre eles? E o Faraó, seus antepassados e as cidades nefastas disseminaram o pecado. E desobedeceram ao mensageiro de seu Senhor, pelo que Ele os castigou rudemente. Em verdade, quando as águas transbordaram, levamo-los na arca, para fazermos disso um memorial para vós, e para que o recordasse qualquer mente atenta.
“Porém, quando for soado um só toque da Trombeta, e a terra e as montanhas forem desintegradas e trituradas de um só golpe, nesse dia acontecerá o inevitável evento. E o céu se fenderá, e estará frágil.
“Então, aquele a quem for entregue seu registro na destra, dirá: ‘Hei-lo aqui! Lede meu registro! Certamente eu sempre soube que prestaria contas!’ E desfrutará de uma vida prazenteira, e um jardim sublime, cujos frutos estarão ao seu alcance. Comei e bebei com satisfação pelo bem que propiciaste em dias pretéritos!
“Em troca, aquele que for entregue seu registro na sinistra, dirá: Ai de mim! Quisera não tivesse sido entregue meu registro; nem jamais conhecido o meu cômputo! Quisera a minha primeira morte tivesse sido a anulação! De nada me servem meus bens; minha autoridade se desvaneceu...!’” (Alcorão 69:4-29)
Portanto, existem razões muito convincentes para acreditar na vida após a morte.
Primeiro, todos os profetas de Deus chamaram seus povos a acreditar nisso.
Segundo, toda vez que uma sociedade humana foi construída com base nessa crença, foi a sociedade mais ideal e pacífica, livre de male sociais e morais.
Terceiro, a história é testemunha de que quando essa crença foi rejeitada coletivamente por um grupo de pessoas apesar dos repetidos alertas de seus Profetas, o grupo como um todo foi punido por Deus, mesmo nesse mundo.
Quarto, as faculdades moral, estética e racional do homem endossam a possibilidade de vida após a morte.
Quinto, os atributos de Deus de Justiça e Misericórdia  não têm significado se não houver vida após a morte.



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الرسالة 6
التوحيد الخالص في الإسلام


Islam Monoteísmo Puro
(Tauhid - Tawhid)
Porque é que Allah enviou os profetas e mensageiros? Desde que os homens desviar-se-iam do dogma original com o qual Adão e Eva foram enviados sobre a terra, introduzindo assim nas práticas religiosas, nas convicções na religião de Allah toda a espécie de desvios politeístas;  a adoração de estátuas, dos mortos, dos fenômenos naturais, dos gênios (jinn), dos santos, dos profetas, das paixões, ou então invocando-lhes como intermediários entre eles e Allah. Desde esta altura, Allah havia enviado os profetas e mensageiros com o intuito de retirar  as pessoas da escuridão do politeísmo e de trazê-las ao culto do Monoteísmo Puro. Todos os profetas pregaram o monoteísmo como Allah nos recorda no Alcorão (7:59):
“Enviamos Noé a seu povo, ao qual disse-Lhes: Ó povo meu, adorai a Allah, porque não tereis mais divindade além d’Ele. Temo por vós o dia aziago.” Veja também o Sura 7: versículos 65, 73, e 85.
E (16:36): “Na verdade Enviamos para cada povo um apóstolo, (com a ordem): Adorai a Allah e afastai-vos do taghut (todas as falsas divindades)!”
Cada profeta havia sido enviado para seu próprio povo para chamar-lhes a Allah, mas o profeta Muhammad (paz e bênçãos de Allah o cubra) havia sido enviado para toda humanidade e para os gênios (jen). Allah diz no Alcorão: (7:158): “Dize: Ó Humanos, sou o Apóstolo de Allah para todos vós.” Desta feita, Allah enviou todos esses profetas e apóstolos, para exortarem aos humanos e ao gênios a adorarem a Ele sem atribuir-Lhe semelhantes.
Adorar a Allah sem atribuir-Lhe semelhantes significa obedecer-Lhe em  tudo quanto nos ordenou de crer e fazer e abstermo-nos em tudo o que nos proibiu de crer e fazer.
Os três aspectos de Tauhid abrangem:
Tauhid-ar-Rububiya: A unicidade de Allah na Sua Soberania e Criação. Trata-se da crença segundo a qual Allah é o Único Criador, Soberano, Sustentador Providenciador, Organizador, Ele é Quem dá a vida e a morte, criou o bem e o mal, governa todas as coisas por mais pequenas ou grandes  que sejam, e que nada escapa a Seu poder. Allah diz no Alcorão (42:12): “Suas são as chaves dos céus e da terra; prodigaliza e restringe Sua graça a quem Lhe apraz, porque é Omnisciente.”
Tauhid-Al-Uluhiya: A Unicidade de Allah na Sua adoração. Trata-se da crença segundo a qual não há mais divindade que merece ser adorada, venerada, invocada, acreditada, para quem sacrificar ou suplicada além de Allah o Altíssimo. Para realizar esta obrigação de adorar Allah sem atribuir-Lhe nenhuma semelhança, torná-se necessário seguir o Profeta Muahammad (paz e bênçãos de Allah o cubra) o que constitui parte integrante da declaração de Fé. Allah diz no Alcorão (3:31-32): “Dize: Se amais a Allah, segui-me; Allah vos amará e vos perdoará os delitos, porque Allah é Perdoador, Misericordiador... Dize: Obedecei a Allah e ao Mensageiro...” (59:7) “Aceitai, pois, o que vos dê o Apóstolo, e abstende-vos de quanto ele vos proíba. E temei a Allah porque Allah é Severíssimo no castigo.”
Tauhid-Al-Asma-Wa-Sifaat: A unicidade de Nomes e Qualidades de Allah. Tratá-se da crença da unicidade dos Nomes de Allah, o que significa que devemos mencionar Allah, somente através dos Nomes e das Qualidades sobre as quais Ele é mencionado no Alcorão e no Sunnah autêntico do Profeta Muhammad (paz e bênçãos de Allah o cubra).
De igual forma, isto significa que ninguém mais pode ser chamado pelos Nomes e pelas Qualidades que cabem a Allah somente. Devemos acreditar e confirmar todos os Nomes e as Qualidades que Allah revelou sobre Ele próprio no Seu Livro ou os mencionado na Sunnah do Profeta Muhammad (paz e bênçãos de Allah o cubra) sem portanto mudá-los, interpretá-los, imaginá-los, os ignorar, ou compará-los  com quaisquer que sejam os nomes da Sua criação. Allah diz no Alcorão: (42:11): “Nada é igual a Ele. E Ele é o Oniouvinte, o Onividente.” E diz ainda no Alcorão: (48:10): “A Mão de Allah está sobre suas mãos.” E (38:75): “(Allah) Perguntou: O Lúcifer, que te impediu de prostrares-te ante o que criei com Minhas Mãos?”
Todos esses versículos confirmam a existência das mãos de Allah sem que hajam semelhanças ou comparação alguma com as da Sua criação. Cremos no que Allah revelou  no Alcorão como Nomes e Qualidades sobre Ele próprio e nos que o Profeta (paz e bênçãos de Allah o cubra ) mencionou da maneira como foram citados ou descritos sem ignorá-los, nem imaginá-los, tão pouco interpretá-los ou compará-los com o que quer que seja da Sua criação.
Eis o verdadeiro significado de Tauhid e é também a Fé de todos os Profetas. O Altíssimo [Istawa] (Elevou-Se) sobre o Seu Trono ( da maneara como cabe a Sua majestade) acima dos Sete Céus e Ele desce sobre o primeiro  Céu apenas em duas ocasiões: (1) no dia de Arafat (Peregrinação) e durante a última parte da noite, como informou-nos o Profeta (paz e bênçãos de Allah o cubra) mas isto não quer dizer que Ele desce com a Sua própria Pessoa (Bi-Zhatihi).
E Allah é o maior Conhecedor. O conhecimento, a compreensão, a prática sincera e o chamamento à Tauhid são as condições do nosso sucesso nesta vida e na de além. Allah diz no Alcorão: (12:108): “Dize: Esta é a minha senda. Prego as pessoas (à religião de) Allah com lucidez, tanto eu como aqueles que me seguem. Glorificado seja Allah! E não sou um dos politeístas.” E no Alcorão (47:7): “Se secundardes a Allah, Ele vos secundará e firmará vossos passos (nesta vida e na de além).”
Que a paz e as bênçãos de Allah estejam com o Profeta, com a sua família e os seus companheiros.
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الرسالة 7


فهم الإسلام والمسلميين

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Compreenda o Islam e os Muçulmanos
O Que é o Islam ?
O Islam não é uma religião nova, o Islam é a mesma verdade que Deus revelou por meio de seus profetas para toda a humanidade. Para um quinto da população mundial, o Islam é uma religião e um sistema de vida completo. Os muçulmanos seguem uma religião de paz, misericórdia, perdão, e a maioria nada tem a ver com os eventos extremamente graves que ficaram associados com sua fé. O Islam é uma palavra árabe e implica submissão, entrega e obediência voluntária, o Islam significa completa submissão voluntária a Deus, outro significado literal da palavra Islam é Paz, e isto significa que só se pode encontrar a paz física e mental através da submissão e obediência voluntária a Deus, o Senhor do Universo, o Todo-Poderoso.
Quem São Os Muçulmanos ?
Bilhões de pessoas de uma vasta classe de raças, nacionalidades e culturas através do globo, desde as Filipinas até a Nigéria estão unidas pela fé islâmica. Aproximadamente 18% vivem no mundo árabe; a maior comunidade islâmica do mundo é a Indonésia; partes substanciais da Ásia e da maior parte da África são muçulmanas, enquanto a minoria significativas são encontradas na União Soviética, China, América e na Europa. Muçulmano é todo aquele que se submete a Deus, de livre e espontânea vontade, um Muçulmano vive em paz e harmonia com toda a criação, por conseguinte, um Muçulmano é a pessoa que em qualquer parte do mundo faça com que toda a sua obediência, dedicação, e lealdade sejam para Deus.
Em Que os Muçulmanos Crêem?
Os muçulmanos crêem em um Único e Incomparável Deus; nos anjos criados por Ele; nos profetas pelos quais Suas revelações foram trazidas à humanidade; no dia do Juízo e na prestação individual de contas pelas ações praticadas; na autoridade total de Deus sobre o destino do homem e na vida após a morte. Os muçulmanos crêem na corrente dos profetas a partir de Adão, incluindo Noé, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, José, Jó, Moisés, Araão, Davi, Salomão, Elias, Jonas, João Batista e Jesus (que a Paz e a Benção de Deus estejam sobre eles). Mas a mensagem final de Deus para o homem, uma confirmação da mensagem eterna e um resumo de tudo que acontecera anteriormente, foi revelada ao profeta Muhammad (que a Paz e a Benção de Deus estejam sobre ele) por intermédio do anjo Gabriel.
Como Alguém Se Torna Muçulmano?
Simplesmente por proferindo; ''Testemunho de que não há outra divindade além de Deus e Testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Deus". Com esta declaração o crente anuncia a sua fé em Deus e em todos os mensageiros de Deus, e nas Escrituras que eles trouxeram.
O Que Significa Islam ?
A palavra árabe "Islam" significa "submissão". É derivada de uma palavra que significa "paz", num contexto religioso, significa total submissão à vontade de Deus. ''Maometano'', portanto, é uma denominação errada, porque sugere que os muçulmanos adoram a Muhammad em vez de Deus. Allah é a palavra árabe que significa Deus, usada pelos árabes tanto muçulmanos como cristão.
Porque o Islam Parece Estranho?
O Islam pode parecer exótico ou mesmo extremista no mundo moderno. Talvez isso acontece porque a religião não domina a vida do dia a dia no ocidente de hoje.
Enquanto os muçulmanos têm a religião sempre presente em suas mentes, e não fazem distinção entre o secular e o sagrado. Acreditam que a Lei Divina, Chari’ah, deve ser tomada seriamente, por isso, assuntos relacionados com a religião continuam tão importantes.
O Islam e o Cristianismo Têm Origens Diferentes ?
Não! Juntamente com o Judaísmo, eles remontam ao Profeta e Patriarca Abraão. Os profetas dessas três religiões são descendentes diretos de seus dois filhos; Muhammad, descende do primogênito, Ismael.Moisés e Jesus descendem de Isaac (que a Paz e a Benção de Deus estejam sobre eles). Abraão estabeleceu as bases do que chamamos hoje a cidade de Makka, e construiu a Kaaba, em direção da qual todos os muçulmanos se voltam quando oram.
Quem é  Muhammad?
O profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nasceu em Makka no ano 570, em um período em que o Cristianismo não tinha-se estabelecido completamente na Europa. Uma vez que seu pai faleceu antes de seu nascimento, e sua mãe logo depois, ele foi cuidado pelo seu tio, pertencente à respeitada tribo dos coraixitas. À medida que ia crescendo, tornou-se conhecido pela sua retidão, generosidade e sinceridade, a tal ponto que era procurado pela sua capacidade de arbitrar nas disputas. Os historiadores descrevem-no como calmo e meditativo. O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) possuía uma natureza profundamente religiosa, e abominava a decadência de sua sociedade. Ele adquiriu o hábito de meditar na caverna de Hirá, perto do topo da Montanha da Luz (Jabal al-Nur) em Makka.
Como ele Recebeu a Revelação?
Aos quarenta anos de idade, enquanto estava empenhado em um retiro meditativo, o profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) recebeu sua primeira revelação de Deus por intermédio do anjo Gabriel. Essa revelação, que prosseguiu por vinte e três anos, é conhecida como Alcorão.Tão logo ele começou a recitar as palavras que ele ouviu de Gabriel, e a pregar a verdade que Deus havia lhe revelado, ele e seu pequeno grupo de seguidores sofreram perseguições amargas, que se tornaram tão violenta no ano de 622 que Deus lhes ordenou que emigrassem.Este evento, a Hégira (migração), na qual eles se mudaram de Makka para a cidade de Madina, cerca de 260 milhas ao norte, marca o início do calendário muçulmano. Depois de muitos anos, o profeta e seus seguidores retornaram a Makka, onde perdoaram seus inimigos e estabeleceram o Islam definitivamente.
O Que é a Kaaba ?
A Kaaba é o local de adoração que Deus ordenou Abraão e Ismael(que a Paz esteja sobre eles), construírem há aproximadamente 4000 anos atrás. A construção foi feita de pedra, a qual, muitos acreditam, foi o local original de um santuário estabelecido por Adão(que a Paz esteja sobre ele). Deus ordenou a Abraão(que a Paz esteja sobre ele), a convocar toda a humanidade para visitar o local, e quando os peregrinos lá vão, dizem: "Eis-nos aqui, ó Senhor!", em reposta à tal convocação.
Como a Expansão do lslam Afetou o Mundo?
 
Dentre as razões da rápida e pacífica difusão do Islam está a simplicidade de sua doutrina, o lslam convoca para a crença no Deus Único, merecedor de adoração. Ele também instrui o homem a usar seus poderes de inteligência e observação. Dentro de poucos anos grandes civilizações e universidades floresceram, uma vez que, de acordo com o Profeta  (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele): "Procurar o conhecimento é uma obrigação para todo muçulmano e muçulmana.''
 
A síntese das idéias orientais e ocidentais e os pensamentos novos e antigos geraram grandes avanços na medicina, matemática, física, astronomia, geografia, arquitetura, arte, literatura e história; e também o conceito do zero (que foi vital para o desenvolvimento da matemática), foi transmitido à Europa medieval pelo lslam. Os instrumentos sofisticados, que tornaram possíveis as viagens de descobrimento dos europeus de descobrimento, foram desenvolvidos, incluindo o astrolábio, o quadrante e os bons mapas de navegação.
O Que é o Alcorão?
O Alcorão é um registro das palavras exatas reveladas por Deus por intermédio do Anjo Gabriel ao Profeta Muhammad. Foi memorizado por ele e então ditado aos seus companheiros, e registrado pelos seus escribas, que o conferiram durante sua vida. Nenhuma palavra das suas 114 suratas foi mudada no decorrer dos séculos. Assim, o Alcorão é, em cada detalhe, o único e miraculoso texto que foi revelado ao Profeta há quatorze séculos atrás. Diz Deus no Alcorão:
''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus, que crêem no incognoscível, observam a oração e gastam daquilo com o que os agraciamos.''
De Que Assuntos Trata o Alcorão?
O Alcorão, a derradeira palavra de Deus revelada, é a principal fonte da fé e da prática de todo muçulmano. Ele trata de todos os assuntos relacionados conosco, como seres humanos: Sabedoria, doutrina, rituais e lei, mas o seu tema básico é o relacionamento entre Deus e Suas criaturas. Ao mesmo tempo, ele proporciona orientação para uma sociedade justa, a conduta humana decente e para um eqüitativo sistema econômico.O Alcorão abrange todos os assuntos relacionados com o ser humano como um todo, vejamos resumidamente esses assuntos:
Primeiro - O Alcorão nos da conhecimento de Deus; os seus nomes e atributos, dos anjos, dos Livros por Ele revelados, dos mensageiros por Ele enviados, do dia do juízo final e da predestinação. E mostra a nossa obrigação diante dessa crença.
Segundo - Nos mostra as regras do bom comportamento, e as virtudes com as quais os homens devem se moldar.
Terceiro - As regras das práticas que organizam a relação dos homens com Deus( orações, paga do Zakat, jejum, peregrinação, promessas e etc... ) e as que regulamentam as relações dos homens entre si, seja individualmente, em grupos ou enquanto nações.
Quarto - As histórias dos povos passados, para que se tire proveito delas, aprendendo com os acertos e com os erros daqueles que nos antecederam.
Há Outras Fontes Sagradas?
Sim; a Sunnah, a prática e o exemplo do Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) é a segunda autoridade para os muçulmanos. Um hadiss é a narração fidedigna transmitida do que o Profeta Muhammad disse, fez ou aprovou. Exemplos dos Ditos do Profeta Muhammad.
 
O Profeta disse:
 
"Deus não tem misericórdia daquele que não tem misericórdia dos outros."
 
"Ninguém de vós crê realmente, antes de desejar a seu irmão o que deseja a si próprio.'' ''Aquele que se alimenta, enquanto o seu vizinho está passando fome, não é crente.''
 
"O comerciante honesto está associado aos profetas, aos santos e aos mártires.''
Quais São os Cinco Pilares do lslam?
São a estrutura da vida do muçulmano: A fé, a oração, o interesse pelo necessitado (zakat), a auto-purificação(jejum de Ramadan) e a peregrinação à Makka(Haj) para quem tiver posses para tal.
1º - A Fé
Não há outra divindade além de Deus e Muhammad é Seu Mensageiro. Esta declaração de fé é chamada de chahada, uma fórmula simples que todo crente pronuncia. Em árabe, a primeira parte é: La ilaha illal-lah, (não há outra divindade além de Deus). A segunda parte da chahada é:Muhammad Rassul Allah, (Muhammad é o Mensageiro de Deus). Uma mensagem de orientação, que veio por intermédio de um homem como nós mesmos.
2º - A Oração
Salat é o nome das orações obrigatórias que são praticadas cinco vezes ao dia, e constituem um elo direto entre o adorador e Deus. As orações são dirigidas por uma pessoa com instrução, que conhece o Alcorão, escolhido pela comunidade. Essas cinco orações diárias contêm, versículos do Alcorão e são recitados em árabe, a linguagem da Revelação, mas as súplicas pessoais podem ser feitas no idioma de cada um. As orações são praticadas na alvorada, ao meio-dia, no meio da tarde, ao crepúsculo e à noite, e assim determinam o ritmo do dia todo. Apesar de ser preferível praticar a oração em conjunto, numa mesquita, o muçulmano pode orar em qualquer lugar, tal como no campo, escritório, na fábrica e universidade, desde que estes locais estejam limpos.
3º - Az-Zakat
Um dos mais importantes princípios do Islam é que todas as coisas pertencem a Deus, e que a riqueza, portanto, está confiada aos seres humanos. A palavra zakat significa tanto "purificação" como "crescimento". Nossas posses são purificadas com a separação de uma parte delas para os necessitados e, a exemplo da poda das plantas, o corte equilibra e estimula novos crescimentos. Cada muçulmano calcula individualmente o seu próprio zakat. Na maioria dos casos isso envolve o pagamento de dois e meio por cento do capital da pessoa. A pessoa piedosa deve também dar tanto quanto possa como caridade(sadaka), e fazê-lo preferivelmente em segredo. Apesar dessa palavra poder ser traduzida como "caridade voluntária", tem um significado mais amplo.
4º - O Jejum
Todo ano, durante o mês de Ramadan, todos os muçulmanos jejuam, desde a alvorada até ao pôr-do-sol, abstendo-se da comida, bebida e das relações sexuais. Aquele que estiver doente, for idoso, ou em viagem, e à mulher grávida ou amamentando é-lhes permitido quebrarem o jejum e jejuarem o mesmo número de dias em outra época do ano. Se houver incapacidade física para fazê-lo, devem alimentar uma pessoa necessitada para cada dia não jejuado. As crianças começam a jejuar (e praticar as orações) a partir da puberdade, apesar de muitos começarem mais cedo, o jejum é um método de purificação pessoal. Ao privar-se dos confortos mundanos, mesmo por um período curto, o jejuador adquire verdadeira fé e ao mesmo tempo desenvolve a sua vida espiritual.
5º - A Peregrinação
A peregrinação anual a Makkah (hajj) é uma obrigação somente para aqueles que são física e financeiramente capazes de empreendê-la. Apesar de Makkah estar sempre cheia de visitantes, o hajj anual começa no décimo segundo mês do calendário islâmico; assim o hajj e Ramadan caem algumas vezes no verão, outras no inverno. Os peregrinos vestem roupas simples que eliminam as distinções de classes e cultura; assim todos ficam iguais perante Deus. Os rituais do hajj foram instituídos por Abraão, incluindo o circungiro da Kaaba por sete vezes, e o percorrer sete vezes a distância entre os montes Safa e Marwa, como fez Hagar durante a sua procura por água. Então, os peregrinos se põem em pé no vasto vale de Arafat e se juntam em oração para pedir o perdão a Deus. 
Tolera o lslam Outras Crenças?
O Alcorão diz:
"Deus nada vos impede quanto àqueles que não vos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram, nem que lideis com eles com gentileza e eqüidade, porque Deus aprecia os eqüitativos." (60ª Surata, versículo 8).
É função da lei islâmica proteger o status privilegiado das minorias, e é por isso que os templos dos não muçulmanos floresceram em todo o mundo islâmico. A história nos fornece muitos exemplos de tolerância islâmica às outras Crenças. Quando o Califa Umar entrou em Jerusalém, no ano 634, ele garantiu a liberdade de culto a todas as comunidades religiosas da cidade. A lei islâmica também permite às minorias instalarem seus próprios tribunais, que cumprem as leis familiares redigidas pelas próprias minorias. De acordo com o Islam, o homem não nasceu com o pecado original. Ele é o legatário de Deus na terra. Toda criança nasce com a ''fitra'', uma disposição inata em prol da virtude, do conhecimento e da beleza.
O Que Os Muçulmanos Pensam A Respeito de Jesus ?
Os muçulmanos respeitam e reverenciam Jesus e aguardam a sua segunda vinda. Eles o consideram como um dos maiores mensageiros de Deus. O muçulmano nunca se refere a ele simplesmente como "Jesus", mas sempre acrescenta a frase "a paz esteja com ele". O Alcorão confirma seu nascimento de uma virgem (uma Surata do Alcorão é denominada "Maria") e Maria é considerada a mais pura mulher de toda a criação. O Alcorão descreve a anunciação como segue:
"Recorda-te de quando os anjos disseram: ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!... ó Maria, por certo que Deus te anuncia novas felizes com Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e se contará entre os diretos de Deus. Falará aos homens ainda infante, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos.'' (3ª Surata, versículos 42-47)
Jesus (a paz esteja com ele) nasceu miraculosamente por intermédio do mesmo Poder que criou Adão sem o concurso de um pai.
"O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, a quem Ele criou da terra; então lhe disse: Seja! e foi.''
Durante sua missão profética, Jesus operou muitos milagres.O Alcorão informa que ele disse:
"Apresento-vos um sinal de vossa Senhor: Plasmarei de barro a figura de um pássaro, com o beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos com a anuência de Deus e vos revelarei o que consumis e o que entesourais em vossas casas."
Nem Muhammad, nem Jesus (a paz esteja com eles) vieram para mudar a doutrina básica da crença em Um Deus, trazida pelos profetas anteriores, mas para a confirmarem e para renová-la. No Alcorão é narrado que Jesus (a paz esteja com ele) veio para:
"Confirmar-vos a Tora que vos chegou antes de mim, e Para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal de vosso Senhor.Temei a Deus, pois, e obedecei-me."
Como os Muçulmanos Tratam Os Idosos ?
No mundo islâmico não há asilo para idosos. A incumbência de se cuidar dos pais nesse período difícil da vida destes é considerado uma honra e benção, e uma oportunidade de elevação espiritual. Deus não só ordena que oremos por nossos pais, mas também que passemos a agir com compaixão ilimitada, lembrando-nos que, quando éramos crianças indefesas, eles nos preferiram a eles próprios. As mães são especialmente honradas.
O Alcorão diz: "O decreto do teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossas pais, mesmo que a velhice alcance a um deles ou a ambos, em vossa companhia; não os reproveis nem os repilais; outros sim, dizei-lhes palavras honrosas. E estende sobre eles a asa da humildade, e dize: ó Senhor meu, tem misericórdia de ambos! como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequenino!"
Como os Muçulmanos Vêem a Morte?
A exemplo dos judeus e dos cristãos os muçulmanos crêem que a presente vida é apenas uma prova e preparação para o próximo reino da existência. Os artigos básicos da fé incluem: O Dia do Juízo Final, a Ressurreição, o Paraíso e o Inferno. Quando um muçulmano morre, ele ou ela é lavado/a usualmente por um membro da família, enrolado num tecido limpo branco, e enterrado com uma simples prece, preferivelmente no mesmo dia, Os muçulmanos consideram isso um dos atos finais que podem fazer por seus parentes, e uma oportunidade para se lembrarem da sua breve existência aqui na terra. O Profeta Muhammad ensinou que três coisas podem continuar auxiliando uma pessoa mesmo depois da morte: a caridade que ela fez, o conhecimento que ela transmitiu e as orações que são feitas por um filho virtuoso pela alma dos pais. Diz Deus no Alcorão: ''Toda alma provará o gosto da morte...''
Que o Islam Diz a Respeito da Guerra?
A exemplo do cristianismo, o lslam permite a luta em defesa própria, em defesa da religião, ou para a defesa daqueles que foram expulsos à força, de seus lares. Ele impõe estritas regras de combate que incluem proibições quanto a causar danos aos civis, o destruir plantações, árvores e gado. A injustiça triunfará no mundo se boas pessoas não forem preparadas para arriscar suas vidas pela causa justa. O Alcorão diz:
"Combatei pela causa de Deus àqueles que vos combatem; porém, não os provoqueis, porque Deus não estima os agressores."
"Se eles se inclinarem à paz, inclina-te também a ela e encomenda-te a Deus.''
A guerra, portanto, é o último recurso, o termo Jihad significa, literalmente, "esforço" e os muçulmanos crêem que há dois tipos de jihad. O outro jihad é a luta interior que cada um trava contra desejos egoísticos, para conseguir a paz interior.
O lslam no Brasil
É quase impossível precisarmos acerca dos muçulmanos brasileiros. Há revertidos emigrantes, profissionais liberais, empresários, trabalhadores em diversas áreas de produção; todos dando sua contribuição para o futuro do Brasil. Essa comunidade complexa está unificada por uma rede nacional de mesquitas. Os muçulmanos chegaram muito cedo ao Brasil. Juntamente com Cabral chegaram Chuhabiddin Bin Májid e o navegador Mussa Bin Sáte. Ouando do tráfico de escravos, no século dezoito, muitos milhares de muçulmanos africanos(hausas, fulanis, yorubás) trabalharam como escravos nas plantações. Essas primeiras comunidades, privadas de suas heranças e famílias, inevitavelmente perdiam sua identidade islâmica à em medida que o tempo passava. Hoje, alguns muçulmanos afro-brasileiros desempenham um importante papel na comunidade islâmica brasileira. O início do século vinte, porém, presenciou o começo de um influxo d árabes muçulmanos, a maioria dos quais se instalou nos maiores centros industriais. A primeira Mesquita (Mesquita do Brasil) foi inaugurada em 1956 em São Paulo; outras foram sendo construídas, e hoje há mesquitas em todas as grandes capitais dos estados e em algumas cidades do interior.



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الرسالة 8 الكرم في الإسلام


A generosidade
 O Isslam é uma religião que condena a
avareza e exorta os crentes a gastarem as suas
riquezas na caridade, seja no apoio directo aos
necessitados ou na promoção de causas nobres.
Deus diz no Al-Qur’án:
"Os que gastam de seus bens, quer de dia quer de
noite, em segredo ou em público, receberão a sua
recompensa de seu Senhor. Nenhum medo os
dominará e não se entristecerão".
O muçulmano deve economizar os seus
proventos, evitando o seu esbanjamento em
práticas ilícitas, pois ele tem por obrigação
partilhar com os necessitados aquilo que Deus
lhe concedeu. O Profeta Muhammad S.A.W.
encoraja-nos a gastarmos a favor dos outros, e
diz: "Ó filho de Adão! Se gastares o supérfluo
será melhor para ti e se o retiveres será mau para
ti. Começe por dar aos necessitados próximos e
saiba que a mão que está em cima, i.é., a que dá,
Article Title  2 
é melhor que a que está em baixo, i.é., a que
O Al-Qur’án proíbe-nos que desperdicemos as
riquezas, pois quem as desperdiça nos prazeres
mundanos, não lhe restará nada para gastar
para os seus familiares e necessitados. Deus diz:
"E concede ao parente o seu direito, ao
necessitado, e ao viajante. E não esbanjes os teus
bens, pois os esbanjadores são irmãos de satanás,
e este foi sempre ingrato para com seu Senhor".
O Al-Qur’án recomenda-nos que caso não
tenhamos nada para dar aos necessitados, então
que nos dirijamos a eles afectuosa e
cordialmente.
O Profeta S.A.W. disse: "O generoso está perto
de Deus, perto das pessoas, perto do Paraíso e
longe do inferno. O avarento está longe de Deus,
longe das pessoas, longe do Paraíso e perto do
O Isslam encoraja a colaboração e a simpatia
mútuas, pois para se assegurar o bem-estar
social é necessário que o forte olhe para o fraco,
ainda que tenha algo, e seja simpático para com
o que não tem.
Consta no Al-Qur’án :
"Eis, então, que sois convidados a gastar pela
causa de Deus, porém entre vós há os avarentos.
Article Title  3 
Mas quem se mostra avarento, se mostra avaro
apenas em prejuízo de si próprio. E Deus é o Rico
e vós sois os pobres".
A pobreza é um estado incomodativo, susceptível
de reduzir a honra natural da pessoa. É deveras
chocante ver gente andrajosa, com roupa rota,
deixando partes íntimas quase à mostra, descalça
e faminta, olhando para tudo o que seja comida,
e triste por não conseguir adquiri-la.
Os que em presença deste tipo de situações não
se condoem, ficam indeferentes e nem se mexem,
não são humanos e muito menos crentes, pois o
verdadeiro crente deve compadecer-se desse tipo
de gente, ajudando com o pouco que possa ter, e
concorrerendo portanto na prática de boas
acções, pois o Profeta disse: "Um ignorante
generoso é mais querido para Deus que um
adorador avarento".
Não há dúvidas que a paixão pela riqueza está no
instinto humano, e o Ser Humano sacrifica-se a
fim de adquirir e acumular tudo o que constitua
riqueza. Se ele possuisse todos os tesouros do
Mundo, trancá-los-ia e procuraria vários
pretextos para não gastar com agrado em
beneficio do seu próximo. Por isso o Al-Qur’án
Article Title  4 
"Se fósseis detentores dos cofres (tesouros) da
misericórdia de meu Senhor, haveríeis de os
trancar por medo de gastar. O Ser Humano é na
verdade avarento".
O Isslam considera a avareza como sendo de
entre as mais execráveis qualidades, devendo
portanto ser combatida com veemência,
habituando o instinto à generosidade.
As riquezas escondidas nos cofres, das quais não
se tirou o que constitui direito dos pobres e dos
necessitados, serão um mal para o seu dono,
tanto neste como no outro Mundo. Elas são como
as cobras nos seus covis. O Isslam diz que no Dia
da Ressurreição, essas riquezas de onde não se
tirou a parte que por direito pertence aos pobres,
transformar-se-ão em cobras que morderão o
seu próprio dono, dizendo: “Eu sou a riqueza
que tu acumulaste".
O Profeta S.A.W. diz: O Ser Humano está
constantemente a dizer: “A minha riqueza, a
minha riqueza”. Porém, a riqueza que na
verdade lhe pertence é apenas aquela que ele
consumiu, vestiu ou deu aos necessitados.
Portanto fora disso, a que está guardada, ele
deixará para outros, pois não lhe pertence.
Consta que certa vez um homem foi ter com o
Profeta S.A.W. e perguntou: "Ó Mensageiro de
Article Title  5 
Deus! Qual é o acto de caridade com maior
recompensa"? O Profeta respondeu: “É o que se
prática enquanto se está saudável, receando a
pobreza, e não se adia até quando a alma chegar
à garganta para se dizer: A porção tal é para o
fulano, a porção tal é para o sicrano e a tal é para
o beltrano".

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الرسالة 9 المرأة في الإسلام

A Mulher no Islam
 
Há 5 anos atrás, li no Toronto Star, edição de 3.7.90, um artigo intitulado "O Islam não está sozinho nas doutrinas patriarcais", de Gwyne Dyer. O artigo descrevia as reações furiosas das participantes de uma conferência sobre mulheres e poder, realizada em Montreal, aos comentários da famosa feminista egípcia, Dra. Nawal Saadawi.
Suas declarações "politicamente incorretas", incluíam: "os elementos mais restritivos em relação às mulheres, podem ser encontrados, primeiro no Judaísmo, Velho Testamento, depois no Cristianismo e, finalmente, no Alcorão"; "todas as religiões são patriarcais porque elas provêm de sociedades patriarcais"; e "o véu das mulheres não é uma prática especificamente islâmica mas, sim, um herança cultural antiga, com analogia nas religiões irmãs". As participantes não puderam ficar sentadas, enquanto suas crenças estavam sendo igualadas ao Islam. Assim, a Dra. Saadawi recebeu uma avalanche de críticas. "Os comentários da Dra. Saadawi eram inaceitáveis. Suas respostas revelavam uma falta de compreensão acerca da fé das outras pessoas" , declarou Bernice Dubois, do Movimento Mundial de Mães. "Eu tenho que protestar", disse a participante Alice Shalvi, da televisão feminina de Israel, "não existe o conceito do véu no Judaísmo". O artigo atribuía esses furiosos protestos a uma forte tendência no Ocidente de culpar o Islam por práticas que são muito mais uma parte da própria herança cultural do Ocidente.
"As feministas cristãs e judias não irão se sentar para discutir, em igualdade de condições, com as más muçulmanas", escreveu Gwyne Dyer.
Não me surpreendeu que as participantes da conferência tivessem uma tal visão negativa do Islam, especialmente por envolver questões femininas. Acredita-se, no Ocidente, que o Islam é o símbolo da subordinação das mulheres por excelência. A fim de compreendermos como está enraizada tal crença, basta mencionar que o Ministro da Educação da França, a terra de Voltaire, recentemente ordenou a expulsão das escolas francesas, de todas as jovens muçulmanas que vestissem o Hijab! Na França é negado a uma jovem muçulmana, que usa um lenço, o direito à educação, enquanto que estudantes católicos podem usar uma cruz ou um estudante judeu pode usar o solidéu. A cena de policiais franceses, impedindo jovens muçulmanas com as cabeças cobertas de entrarem no colégio, é inesquecível. Este fato nos traz à memória outra cena igualmente triste, a do Governador George Wallace, do Alabama, em l962, em pé, defronte ao portão da escola, tentando bloquear a entrada de estudantes negros, a fim de impedir a desagregação das escolas do Alabama. A diferença entre as duas cenas é que os estudantes negros tiveram a simpatia de muitas pessoas nos EUA e no mundo inteiro. O presidente Kennedy enviou a Guarda Nacional Americana para forçar a entrada dos estudantes negros. As moças muçulmanas, por outro lado, não receberam a ajuda de ninguém. Sua causa parece ter muito pouca simpatia, tanto dentro da França como fora. A razão é a incompreensão e o medo de tudo que seja islâmico no mundo atual.
O que mais me intrigou sobre a conferência de Montreal foi uma questão: As declarações feitas por Saadawi, ou qualquer de suas críticas, são verdadeiras? Em outras palavras, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islam têm o mesmo conceito sobre as mulheres? São tais conceitos diferentes? O Judaísmo e o Cristianismo, na verdade, oferecem às mulheres um tratamento melhor do que o Islam? Qual é a verdade?
Não é tarefa fácil pesquisar e encontrar respostas para estas questões difíceis. A primeira dificuldade é que a pessoa tem que ser honesta e objetiva ou, pelo menos, fazer o máximo para o ser. Isto é o que o Islam ensina. O Alcorão instruiu os muçulmanos a dizerem a verdade, mesmo que aqueles que estejam próximos a eles não gostem disso:
"... e se falardes, sede justo, mesmo que se refira a um parente próximo" (6:152);
"Ó aqueles que creram, erijam a justiça na partilha, como testemunhas de Alá, ainda que contra vós mesmos, ou seus pais ou seus parentes, ..."
A outra grande dificuldade é o fôlego irresistível do assunto. Por essa razão, durante os últimos anos, passei muitas horas lendo a Bíblia, a Enciclopédia da Religião e a Enciclopédia Judaica, na busca de respostas. Também li muitos livros que discutem a posição das mulheres nas diferentes religiões, escritos por exegetas, apologistas e críticos. O material apresentado nos capítulos seguintes representa as descobertas importantes dessa humilde pesquisa. Eu não sou objetivo, absolutamente. Isto está além da minha limitada capacidade. Tudo que posso dizer é que tentei, através dessa pesquisa, me aproximar do ideal alcorânico de "falar imparcialmente".
Gostaria de enfatizar nesta introdução, que minha proposta para este estudo não é denegrir o Judaísmo ou o Cristianismo. Como muçulmanos, acreditamos nas origens divinas de ambos. Ninguém pode ser muçulmano sem acreditar em Moisés e Jesus como grandes profetas de Deus. Meu intento é somente afirmar o Islam e pagar um tributo para a última mensagem verdadeira de Deus para a raça humana. Também gostaria de enfatizar que me preocupei somente com a Doutrina, isto é, minha preocupação é, principalmente, a posição das mulheres nas três religiões, como aparece em suas fontes originais, e não como é praticada por seus milhões de seguidores no mundo hoje. Por causa disso, a maior parte das evidências citadas vêm do Alcorão, dos ditos do Profeta Muhammad, da Bíblia, do Talmud e dos ditos de alguns dos mais influentes padres da Igreja, cujos pontos de vista contribuíram imensamente para definir e desenhar o Cristianismo. Muitas pessoas confundem cultura com religião, e outras não sabem o que seus livros religiosos dizem, e outras ainda, sequer se preocupam com disso. 



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الرسالة 10
التناقضات الموجودة بين العهد القديم والجديد

Contradições Existentes no Velho e Novo Testamento
Só Deus conhece o número dos livros por Ele revelados. Devemos crer em todos eles, mesmo os que não sabemos o nome. Sabemos somente os nomes de alguns deles: Os livros de Abraão, o Zabur (Salmos de Davi), o Tora de Moisés, o Injil (Evangelho de Jesus) e o Alcorão. Dos livros que acabamos de citar, desapareceram os livros de Abraão, dos quais não há mais vestígios na literatura mundial.

E os demais, se encontram com os judeus e os cristãos. No entanto, o Alcorão nos informa que os mesmos foram modificados com o passar dos tempos, onde pessoas introduziram mudanças e interpolações, misturando as palavras de Deus com textos da sua própria autoria.

Agora irei analisar os Salmos, o Tora e o Evangelho, que estão agrupados na Bíblia: A palavra Bíblia vem do grego biblos, que significa livro, que no plural fica Bíblia, ou seja livros.

A Bíblia esta dividida em duas partes principais: o Antigo Testamento, ou Velho Testamento, e o Novo Testamento. Ela contém 73 livros de acordo com a igreja católica e 66 de acordo com as igrejas protestantes.

Quanto aos livros do Novo Testamento, não há diferença entre elas mas, quanto ao Antigo Testamento, a Bíblia Católica contém 7 livros a mais que a protestante, que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1 livro de Macabeus, 2 livro de Macabeus, Baruque.
Encontramos na Bíblia três formas de testemunho na sua redação.

O que podemos perceber ser a Palavra de Deus, como por exemplo: Deut.18:18:

" Do meio dos irmãos deles, Eu farei surgir para eles um profeta como você. Vou colocar Minhas palavras em sua boca , e ele dirá para eles tudo o que Eu lhe mandar."

Isaías. 43:11:

" Eu, eu sou Javé, e fora de mim não existe Salvador."

Isaías. 45:22:

" Voltem-se para Mim e vocês serão salvos, ó extremidades todas da terra, pois Eu sou Deus e não existe outro."

Podemos observar através do uso da primeira pessoa do singular sem nenhuma dificuldade, que estas parecem ser as Palavras de Deus.

O que podemos perceber ser as palavras de um profeta de Deus, como por exemplo:

Mateus. 27:46:

" Jesus deu um forte grito: Eli, Eli, Lamá Sabactâni? ..."

Marcos. 12:29:
 
" Jesus respondeu: O primeiro mandamento é este: Ouça ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor!"

Marcos. 10:18:

" Jesus respondeu: Por que você chama de bom? Só Deus é bom e ninguém mais."

Podemos observar que Jesus deu um forte grito, que Jesus respondeu, que estas são palavras da pessoa a quem estas ações são atribuídas. Logo, são as palavras de um mensageiro de Deus.

O que podemos perceber ser as palavras de um observador ocular ou historiador, que presenciou os fatos ou que lhes foi relatado, ou seja, de uma terceira pessoa que não era nem Deus nem seu profeta, como por exemplo:

Marcos. 11:13:

" Viu de longe uma figueira coberta de folhas e (Jesus) foi até lá ver se (ele, Jesus) encontrava algum fruto. Quando chegou perto,(ele, Jesus), encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos."

A grande parte da Bíblia é representada por esta forma de testemunho, ou seja, palavras de uma terceira pessoa. Pudemos observar pelo versículo acima que aquelas palavras não eram nem de Deus, nem do Seu profeta, mas de um historiador.

Para um muçulmano é fácil distinguir entre essas três formas de testemunho, porque nós a temos em nossa religião. Só que com uma grande diferença: elas se encontram em livros separados.

1- O primeiro tipo, que são as Palavras de Deus, são encontradas no Alcorão Sagrado.
2- O segundo tipo, que são as palavras do profeta de Deus, são encontradas em livros dos ditos ou tradições do profeta, chamadas de Hadiss.
3- O terceiro tipo, que são as palavras de um historiador, são encontradas em diferentes volumes da história islâmica.

Portanto, nós muçulmanos mantemos estas três formas de testemunho separadas e dando a cada uma delas a sua devida gradação em termos de autoridade. Nós nunca a igualamos. Por outro lado, na Bíblia as encontramos juntas e com o mesmo nível de autoridade.

A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: em hebraico, parte em aramaico (que é uma língua morta) e parte em grego.

Agora, analisaremos a autoria da Bíblia: Ao abrirmos o Velho Testamento e procurarmos os seus autores, ficaremos surpresos em ver o que se segue:

- Gênesis- Autor: Moisés comumente aceito.
- Êxodo- Autor:
- Levítico- Autor:
- Números- Autor:
- Deuteronômio- Autor:

Em primeiro lugar, a expressão " comumente aceito" deixa claro que não é certo que a autoria seja de Moisés. E iremos provar, através dos versículos abaixo, que não foi Moisés quem escreveu estes livros, da forma em que se encontram hoje.

Deut. 31:9:

" Então Moisés escreveu esta Lei e a entregou aos sacerdotes Levitas, ...."

Neste versículo, é dito que Moisés escreveu. Agora iremos analisar os versículos abaixo que demonstrarão com clareza que foi uma terceira pessoa quem escreveu e não Moisés.

Números. 12:13:

" Moisés suplicou a Javé. ..."

Êxodo. 11:3:

" Moisés também era muito estimado."

Deut. 34:5 à 11: Nesta passagem temos a descrição da morte e sepultamento de Moisés. Caso tivesse sido realmente Moisés quem escreveu, como é que ele iria descrever o seu sepultamento e morte?

- Josué - Autor: indeterminado; provavelmente Josué.

- Juízes- Autor: desconhecido; a tradição atribui o livro a Samuel.

- Rute- Autor: possivelmente Samuel.

- 1 Samuel- Autor:

- 2 Samuel- Autor:

- 1 Reis - Autor:

- 2 Reis - Autor:

- 1 Crônicas - Autor: indeterminado; Crê-se que tenha sido revisado por Esdras. 1 e 2 Crônicas são um só livro no texto hebraico.

- 2 Crônicas - Autor: indeterminado.

- Esdras - Autor: Desconhecido. Geralmente crê-se que Esdras, embora não tenha sido o autor de todo o livro, tenha sido o compilador das partes que não escreveu.

- Neemias - Autor: indeterminado. Muitos eruditos consideram grande parte do livro como uma autobiografia de Neemias.

- Ester - Autor: Desconhecido.

- Jó - Autor:

- Salmos - Autores: Não se sabe quais foram os autores de um grande número de Salmos. É provável que, em alguns casos, o nome atribuído a certos Salmos possa referir-se melhor ao compilador do que ao autor.

- Provérbios - Autores: Acredita-se geralmente que Salomão escreveu um grande número dos provérbios, ainda que talvez estes possam não ter sido originalmente seus.

- Eclesiastes - Autor: indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão.

- O Cântico dos Cânticos - Autor: Salomão, de acordo com a tradição.

- Obadias - Autor: Nada se sabe acerca dele.

- Naum - Autor: Muito pouco se conhece acerca dele.

Citaremos agora como o Alcorão nos indica se o Livro que é dito ser proveniente de Deus o é realmente ou não; Alcorão 4:82:

" Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias."

Se Deus, o Altíssimo, quer que nós verifiquemos a autenticidade do seu livro (Alcorão Sagrado), com esse teste, por que não fazermos esse mesmo teste para os demais livros, ditos provenientes de Deus?

Contradições existentes no Velho Testamento:

êxodo. 2:18:

"E elas voltaram para seu pai Raguel"

êxodo. 3:1:

"Moisés estava pastoreando o rebanho do seu sogro Jetro"

Juizes. 4:11:

"O quenita Héber tinha-se afastado da sua tribo, que era descendente de Hobab, sogro de Moisés."

Gênesis. 6:19:

"Tome um casal de cada ser vivo, isto é, macho e fêmea, e coloque-os na arca."

Gênesis. 7:2:

"Tome 7 pares, o macho e a fêmea, de todos os animais puros; tome 1 casal, o macho e a fêmea, dos animais que não são puros."

Gênesis. 7:8 e 9:

"Dos animais puros e impuros, das aves e dos répteis, entrou um casal, macho e fêmea, na arca de Noé, conforme Deus havia ordenado a Noé."

Gênesis. 6:3:

"Javé disse: Meu sopro de vida não permanecerá para sempre no homem, pois ele é carne, e não viverá mais do que 120 anos."

Gênesis. 11:10 e 11:

"Esta é a descendência de Sem: Quando Sem completou 100 anos, gerou Arfaxad, dois anos depois do dilúvio. Depois do nascimento de Arfaxd, Sem viveu 500 anos, e gerou filhos e filhas."

Gênesis.35:28:

"Isaac viveu 180 anos, e morreu."

Gênesis. 9.29:

"Ao todo, Noé viveu 950 anos. E morreu."

Gênesis. 22;2:

"Deus disse: Tome seu filho, o seu único filho Isaac."

Gênesis.21:5:

"Abraão tinha 100 anos quando seu filho Isaac nasceu."

Gênesis. 16:16:

"Abraão tinha 86 anos quando Agar deu àluz Ismael."

2 Reis. 8:26:

" Começou a reinar com 22 anos. E reinou 1 ano em Jerusalém. Sua mãe se chamava Atália e era filha de Amri, Rei de Israel."

2 Crônicas. 22:2:

" Tinha 42 anos quando começou a reinar, e reinou 1 ano em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Atália e era filha de Amri''

2 Reis. 24:8:

" Jeconias tinha 18 anos quando subiu ao trono, e reinou 3 meses em Jerusalém. Sua mãe se chamava Noesta. Ela era filha de Elnatã e natural de Jerusalém."

2 Crônicas. 36:9:

"Jeconias tinha 18 anos quando subiu ao trono. E reinou 3 meses e 10 dias em Jerusalém."

2 Samuel. 23:8:

" São estes os nomes dos valentes de Davi: Isbaal, o haquemonita, chefe dos 3, que manejou a lança matando 800 de uma só vez."

1 Crônicas. 11:11:

- " Os valentes de Davi são os seguintes: Jesbaam, filho de Hacamon. Ele era o chefe dos 3. Foi ele que atirou a lança sobre 300, e acertou os 300 de uma só vez."

2 Samuel. 24:1:

" A ira de Javé se inflamou contra os israelitas e instigou Davi contra eles: Vá e faça o recenseamento de Israel e de Judá."

1 Crônicas. 21:1:

" Satã se insurgiu contra Israel e induziu Davi a fazer o recenseamento de Israel."

1 Reis. 7:26:

" A espessura do mar era de 8 centímetros, e sua borda tinha a forma de flor de lis. Sua capacidade era de 90.000 litros."

2 Crônicas. 4:5:

" As paredes do mar tinham a espessura de 1 palmo, enquanto a borda, de tão fina, parecia a borda de uma taça e era igual a uma flor. A capacidade do mar era de 135.000 litros."

Êxodo. 4:22:

" Então você dirá ao Faraó: Assim diz Javé: Israel é o meu filho primogênito."

Jeremias. 31:9:

" Serei um Pai para Israel e Efraim será o meu primogênito."

2 Samuel. 10:18:

" Mas acabaram fugindo diante de Israel. E Davi destruiu 700 carros e 40000 Arameus condutores de carro. Também Sobac, chefe do exército deles, foi ferido e aí mesmo veio a morrer".

1 Crônicas. 19:18:

" Os Arameus fugiram dos Israelitas e Davi matou os cavalos de 7000 carros deles e 40000 homens de infantaria, além de matar Sofac, general do exército.


Êxodo. 34:7:

"Castiga a falta dos pais nos filhos, netos e bisnetos."

Ezequiel. 18:20:

"O filho nunca será responsável pelo pecado do pai, nem o pai será culpado pelo pecado do filho."

Gênesis. 1:26:

"Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança."

Isaías. 40:18:

‘’Com quem vocês poderão comparar Deus? Que figura podem arrumar para representa-lo?"

Êxodo. 33:20-23:

" E acrescentou: Você não poderá ver o meu rosto, porque ninguém pode vê-lo e continuar com vida.... Depois tirarei a palma da mão e me verás pelas costas, minha face, porém, você não poderá ver."

Êxodo. 33:11:

" Javé falava com Moisés face a face, como um homem fala com o amigo."

Números. 23:19:

"Deus não mente como o homem, nem se arrepende como os humanos. Poderá ele dizer e não cumprir? Prometerá alguma coisa que depois não cumpra?"

êxodo. 32:14:

"Então Javé se arrependeu do castigo com o qual havia ameaçado o seu povo."

1 Samuel. 15:10e11:

"Javé dirigiu a palavra a Samuel, dizendo: Estou arrependido de ter feito Saul rei, porque ele se afastou de mim e não executou as minhas ordens."

2 Samuel. 24:9:

" Joab apresentou ao rei o resultado do recenseamento do povo. Em Israel havia 800000 homens aptos para a guerra, que podiam usar a espada. Em Judá havia 500000 homens."

1 Crônicas. 21:5:

" Entregou a Davi o resultado do recenseamento. Todo o Israel tinha 1 milhão e cem mil homens aptos para a guerra, e Judá tinha 470000 aptos para a guerra."

Gêneses. 7:24:

"E a enchente encobriu a terra durante cento cinqüenta dias."

Gêneses. 7:12:

"E a chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites."

2 Reis. 8:26:

"Começou a reinar com 22 anos. E reinou 1 ano em Jerusalém. Sua mãe se chamava Atalia e era filha de Amri, rei de Israel."

2 Crônicas. 22:2:

"Tinha 42 anos quando começou a reinar, e reinou 1 ano em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Atalia e era filha de Amri."

2 Samuel. 10:18:

"Mas acabaram fugindo diante de Israel. E Davi destruiu 700 carros e 40.000 arameus condutores de carro."

1 Crônicas. 19:18:

"Os arameus fugiram dos israelitas, e Davi matou os cavalos de 7.000 carros deles e 40.000 homens de infantaria, ....."

1 Reis. 7:26:

"A espessura do Mar era de 8 centímetros, e sua borda tinha a forma de flor de lis. Sua capacidade era de 90.000 litros."

2 Crônicas. 4:5:

"As paredes do Mar tinham a espessura de um palmo, enquanto a borda, de tão fina, parecia a borda de uma taça e era igual a uma flor. A capacidade do Mar era de 135.000 litros."

Citaremos trechos de um livreto intitulado "Catecismo da Bíblia", do Dr. Paulo Lopes de Faria, Bispo de Itabuna- Ba, editado por Edições Paulinas.

1-Como Deus escreveu a Bíblia? Deus escreveu a Bíblia por meio dos homens, que Ele escolheu e inspirou para escreverem o que Ele queria que fosse escrito.

2-Que é inspiração bíblica? É uma iluminação do entendimento, uma moção da vontade para levar o escritor sagrado a escrever o que Deus queria e somente aquilo.

3-A Bíblia tem erro? Deus é o Autor principal; por isso, a Bíblia apresenta, sem erro, a verdade, que nela está escrita para a nossa salvação.

Citamos os trechos do livro mencionado acima, para que possamos ter, no decorrer da análise sobre a autoria da Bíblia, um respaldo maior.

Como nos foi dito acima, os autores da Bíblia foram inspirados por Deus a escrever exatamente o que lhes era inspirado e que a Bíblia é um Livro sem erros. Então, como se explicam as contradições vistas acima dentro da Bíblia? Será que Deus iria inspirar um autor de uma maneira e outro autor de outra sobre o mesmo fato, e com isso fazer com que erros aparecessem em grande número?

O testemunho da Bíblia em relação aos escribas:

Jeremias. 8:8:

" Eles dizem somos sábios, temos a lei de Javé. Mas a caneta falsa do escriba transformou em mentira a Lei de Deus."

Jeremias. 14:14:

" Javé Respondeu-me: É mentira o que esses profetas falam em meu nome. Eu não os enviei, não lhes dei ordem nenhuma, nem falei com eles. Eles anunciam a vocês visões mentirosas, oráculos vazios e fantasias da imaginação deles."

Jeremias. 23:36:

" Vocês não deverão mais lembrar esta expressão. Carga de Javé. A palavra de cada um será a sua própria carga, Pois vocês mudaram o sentido da palavra de Deus vivo, de Javé dos exércitos, o nosso Deus."

O testemunho do Alcorão sobre isto:

Alcorão 2:79:

" Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com suas mãos, e então dizem: Isto emana de Deus, para negocia-lo a vil preço. Ai deles, pelo que suas mãos escreveram e ai deles, pelo que lucraram!"

Propósitos da Revelação:

2 Timóteo. 3:16:

" Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça."

1-Ensinar (doutrina).
2-Refutar (reprovar do erro).
3-Corrigir (-nos).
4-Educar.

Gênesis. 38:16-18:

" Aproximou-se dela no caminho, e disse: Deixe-me ir com você. Judá não sabia que era sua nora. Ela perguntou: O que você me dará para ir comigo? Judá respondeu: Eu mandarei para você um cabrito do rebanho. Ela replicou: Está bem, mas você vai deixar uma garantia comigo até mandar o cabrito. Judá perguntou que garantia você quer? Ela respondeu: O anel de selo com o cordão e o cajado que você está levando. Judá os entregou e foi com ela, deixando-a grávida."

Em que categoria nós colocaríamos está história da Bíblia? Qual é a lição moral que as crianças tirarão da história da doce vingança de tamar.( que se dá nos versículos posteriores aos escritos acima).

Gênesis. 38:24-26:

" 3 meses depois disseram a Judá: Sua nora Tamar se prostituiu e esta grávida por causa de sua má conduta. Então Judá ordenou; tragam-na para fora e seja queimada viva. Quando a agarraram, ela mandou dizer ao seu sogro. Estou grávida do homem a quem pertencem este anel de selo, este cordão e este cajado. Judá os reconheceu, e disse ela é mais honesta do que eu, pois não lhe dei meu filho sela. E não teve mais relações com ela."

Filhas seduzem seu Pai. ( Gênesis. 19:30-38)- Ló manteve relação sexual com suas duas filhas.

Irmão estupra e comete incesto com sua irmã. (2 Samuel. 13:14)-"Amnom, porém, não deu atenção ao que ela falava; dominou-a com violência e teve relações com ela."

Davi teve relações sexuais com a mulher do seu vizinho.(2 Samuel. 11:2-4)-"Numa tarde, levantando-se da cama, Davi, foi passear no terraço do palácio real. Do terraço, ele viu uma mulher tomando banho. Ela era muito bonita. Davi mandou colher informações sobre essa mulher. Disseram-lhe: ela é Betsabéia, filha de Eliam e esposa de Urias, o heteu! Então Davi mandou emissários para que a trouxessem. Betsabéia foi e Davi teve relações com ela, que tinha acabado de se purificar de suas regras. Depois ela voltou para casa."

Filho tem relações com concubinas de seu pai.(Gênesis. 35:22)-"Enquanto Israel habitava nessa região, Rúben dormiu com Bala, concubina de seu pai, e Israel ficou sabendo."

(2 Samuel. 16:22)-"Armaram então uma tenda no terraço do palácio, e Absalão tomou as concubinas de seu pai aos olhos de todo o Israel."

Uniões proibidas. (Levíticos. 18:8-18) ,(Levíticos.20:11-14 e 17-21).

Sansão dorme com uma prostituta. ( Juizes. 16:1)-"Sansão foi a Gaza, viu uma prostituta e dormiu com ela."
 
A Linguagem Vulgar Na Bíblia
Devemos nos lembrar que este livro é lido diariamente por crianças, mulheres e senhoras e que presume-se deva ser lido nas orações feitas pelas pessoas. Será que a linguagem demonstrada nos versículos abaixo se coadunam com o que foi exposto acima?

(Provérbios 7:7-19) ,(Cântico 1:13) ,(Cântico 3:1-4), (Cântico 8:8-10), (Provérbios 5:18-20),(Ezequiel.16:7-17 e 26 e 33),(Ezequiel.23).

Aqui, caso leiamos este capítulo na Bíblia católica, veremos que se utiliza termos vulgares, que não se coadunam com as palavras de Deus, enquanto na bíblia protestante procurou-se aliviar na tradução, ficando quase imperceptível o que se quer realmente dizer no texto original.

O Alcorão Sagrado nos diz que Deus jamais ordena a obscenidade 7:28:

"Quando estes cometem uma obscenidade, dizem: Cometemo-la porque encontramos nossos pais fazendo isto; e foi Deus Quem no-la ordenou. Dize: Deus jamais ordena a obscenidade. Ousais dizer de Deus o que ignorais?"
 
A Linguagem Da Bíblia
2 Reis. 18:27:

"Ele está condenado, como vocês, a comer as próprias fezes e a beber a própria urina."

Ezequiel. 4:12-15:

"As broas de cevada que você comer serão assadas sobre fezes humanas, a vista de todos... Javé me respondeu: está bem. Para assar seu pão deixo que você use estrume de vaca no lugar de fezes humanas."

Evangelho ou Evangelhos
Marcos. 1:14- (Bíblia Protestante):

"Depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o Evangelho do reino de Deus."

Mateus. 4:23 (Bíblia Protestante):

"Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o evangelho do reino..."

Lucas. 7:22- (Bíblia Protestante):

"... e aos pobres é anunciado o evangelho."

Nossa leitura do Novo Testamento comprovou de que em nenhum texto fala-se em Evangelhos, no plural, mas sempre, e sempre em: Evangelho (no singular).

Na Bíblia Católica aonde vemos escrito na Bíblia Protestante Evangelho, lê-se Boa Notícia.

Se havia um só evangelho: o de Jesus, revelado a ele por Deus, porque existem, hoje, quatro versões, com várias diferenças entre si, e inclusive, com algumas contradições?
 
A Autoria Do Novo Testamento
Quanto à autoria dos livros do Novo Testamento, ficaremos surpresos ao constatar, novamente, o que foi constatado no Velho Testamento, como, por exemplo:

1-Carta aos Hebreus- autor: indeterminado.
2-Carta de São Tiago- autor: indeterminado.
3-Carta de São Judas- autor: provavelmente Judas irmão de Tiago.

No que tange aos quatro Evangelhos aceitos pelos cristãos como sendo de inspiração Divina, temos: O Evangelho segundo São Mateus, O Evangelho segundo São Marcos, O Evangelho segundo São Lucas e o Evangelho segundo São João.

Será que Mateus escreveu o seu evangelho?

Mateus. 9:9: "Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse:

''siga-me! Ele se levantou, e seguiu a Jesus."

Caso o Mateus que estava sentado na coletoria de impostos seja um dos discípulos de Jesus, então os pronomes lhe e ele, no versículo acima, não podem se referir este Mateus, o autor deste evangelho, e sim a um outro qualquer. Logo, chegamos a conclusão de que uma outra pessoa escreveu sobre Jesus e Mateus.

Será que João escreveu o seu evangelho?

João. 21:24:

"Este é o discípulo(João) que deu testemunho dessas coisas e que as escreveu. E nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro."

João. 19:35:

"E aquele(João) que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. E ele sabe que diz a verdade, para que também vocês acreditem."

A Bíblia nos relata que João era uma pessoa sem instrução, logo como ele poderia ter escrito este evangelho?

Lucas não foi testemunha ocular, e sim escreveu o que lhe disseram?

Lucas. 1:1-4:

"Muitas pessoas já tentaram a escrever a história dos acontecimentos que se passaram entre nós. Elas começaram do que nos foi transmitido por aqueles que desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. Assim sendo , após fazer um estudo cuidadoso de tudo que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever para você uma narração bem ordenada excelentíssimo Teófilo."

Logo, podemos observar pelos versículos acima que o que ele escreveu não foi inspiração Divina e sim um apanhado de relatos de outras pessoas.

Lucas era médico, discípulo e companheiro de viagem de Paulo. O seu nome não se encontra na lista como sendo um dos 12 discípulos de Jesus. Como podemos ver em (Mateus. 10:1-4), (Lucas. 6:13-16) e (Atos Apostólicos. 1:13).

Revelação de Deus ou de Paulo?

Paulo tinha um evangelho, ao qual se refere "meu evangelho", em mais de uma epístola.

2 Timóteo. 2:8:

"Lembre-se de que Jesus Cristo, descendente de Davi, ressuscitou dos mortos, Esse é o meu evangelho".

Onde estaria agora o evangelho de Paulo?

Também podemos observar através dos textos do Novo Testamento que havia um evangelho diferente do evangelho de Paulo.

Gálatas.1:6-9:

"Estou admirado de vocês estarem abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo, para aceitarem outro Evangelho. Na realidade, porém, não existe outro Evangelho. Há somente pessoas que estão semeando confusão entre vocês, e querem deturpar o Evangelho de Cristo. Maldito aquele que anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que anunciamos, ..."

Dos 27 livros do Novo Testamento, 14 são de autoria de Paulo. Paulo não precisou de inspiração para escrever as palavras de Deus. Ver nos versículos abaixo:

Gálatas. 5:2:

"Eu, Paulo, declaro: se vocês se fazem circuncidar, Cristo de nada adiantará para vocês."


1 Coríntios. 7:10 e 12 e 25:

"Aos que estão casados, tenho uma ordem. Aliás, não eu, mas o Senhor... Aos outros, sou eu que digo, não o Senhor... Quanto às pessoas virgens, não tenho nenhum preceito do Senhor. Porém, como homem que pela misericórdia do Senhor é digno de confiança, dou apenas um conselho."

Observações gerais

1-Não há nada que comprove ou confirme que estes evangelhos pertençam realmente a Mateus, Marcos, Lucas e João.
2-Nenhum dos que escreveram estes 4 evangelhos disse que estas palavras são de inspiração Divina.
3-João não relatou nada referente a última seia que é um dos acontecimentos de grande importância da crença cristã.
4-João disse que a mensagem de Jesus durou 3 anos, enquanto que de todos os outros textos subtende-se que ela durou 1 ano.

Contradições Existentes no Novo Testamento

Mateus. 1:16:

‘’ Jacó foi o pai de José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Messias."

Lucas. 3:23:

‘’Jesus tinha cerca de trinta anos quando começou sua atividade pública. E, conforme se pensava, ele era filho de José, filho de Eli."

Marcos. 15:25:

" Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus."

João. 19:14:

"Era véspera da Páscoa, por volta do meio dia..."

Mateus. 27:46:

"Pelas 3 horas da tarde Jesus deu um forte grito: Eli, Lamá sabactâni? , Isto é: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste.

Mateus. 27:34:

"Ai deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber."

Marcos. 15:23:

"Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas Jesus não tomou.

Mateus. 27:44:

"Do mesmo modo, também os dois bandidos que foram crucificados com Jesus o insultavam."

Lucas. 23:39:

"Um dos criminosos crucificados o insultava, dizendo: não és tu o Messias?

Marcos. 16:8:

"Então as mulheres saíram do túmulo correndo, porque estavam com medo e assustadas. E não disseram nada a ninguém, porque tinham medo."

Lucas. 24:9:

"Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros."

João. 5:37:

"E o Pai que me enviou deu testemunho a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram a sua face."

João. 14:9:

"Jesus respondeu: Faz tanto tempo que estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: Mostra-nos o Pai?"
João. 5:31:

"Se eu dou testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale."

João. 8:14:

"Jesus respondeu: Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque eu sei de onde venho e para onde vou."

Marcos. 15:21:

"Passava por aí um homem, chamado Simão Cireneu, pai de Alexandre e Rufo. Ele voltava do campo para a cidade. Então os soldados obrigaram Simão a carregar a cruz de Jesus. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar da caveira."

João. 19:17:

"Jesus carregou a cruz nas costas e saiu para um lugar chamado Lugar da Caveira, ...."

Mateus. 27:32:

"Quando saíram, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus."

Mateus. 12:39:

" Jesus respondeu uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado a não ser o sinal do profeta Jonas."

Marcos. 8:12:

"Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: Por que essa geração pede um sinal? Eu garanto a vocês: a essa geração não será dado nenhum sinal."

Mateus. 16:16:

"Simão Pedro respondeu: Tu és o Messias, o filho de Deus."

Marcos. 8:29:

"Então Jesus perguntou-lhes: E vocês, quem dizem que eu sou? Pedro respondeu: Tu és o Messias."

Mateus. 20:29-30:

"Quando estavam saindo de Jericó, uma grande multidão seguiu Jesus. Dois cegos estavam sentados a beira do caminho. Ouvindo dizer que Jesus estava passando, começaram a gritar: Senhor, filho de Davi, tem piedade de nós!"

Marcos. 10:46-47:

"Chegaram a Jericó, Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. Na beira do caminho havia um cego que se chamava Bartimeu, o filho de Timeu: estava sentado, pedindo esmolas. Quando ouviu dizer que era Jesus Nazareno que estava passando, o cego começou a gritar: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!"

Mateus. 8:28-32:

"Quando Jesus chegou à outra margem, à terra dos gadarenos, foram ao encontro dele 2 homens possuídos pelo demônio..."

Marcos. 5.3-9:

"Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. Logo que Jesus saiu da barca, 1 homem possuido. Por um espírito mau..."

Mateus.26:6-13:

"...Vendo isso os discípulos ficaram com raiva..."

Marcos. 14:1-9:

"... Alguns que ai estavam ficaram com raiva..."

João. 12:1-7:

"... Então Maria levou quase meio litro de perfume de nardo, puro e muito caro..."

João. 20:9:

"De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: Ele deve ressuscitar dos mortos."

1 Coríntios. 15:5:

"Apareceu a Pedro e depois aos 12."

João. 20:1:

"no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro."

Lucas. 24:10:

"Eram Maria Madalena, Joana, e Maria mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos."

Marcos. 8:31, Mateus. 16:21, Lucas. 9:22=> Concluí-se destas passagens que os discípulos já sabiam da ressurreição, o que contraria João 20:9.

Mateus. 28;16:

"Os 11 discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhe tinha indicado."

Mateus.28:1:

"Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver a sepultura."

Marcos. 16:1:

"Quando o sábado passou, Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo."

Marcos. 11:2:

"Dizendo: Vão até o povoado que está na frente de vocês, e logo que vocês entrarem aí, vão encontrar amarrado um jumentinho que nunca foi montado; desamarrem o animal e tragam aqui."

João. 12:14:

"Jesus, encontrando um jumentinho, montou nele, como está escrito na Escritura."

Mateus. 21:2 à 7:

"Dizendo: Vão até o povoado, que está na frente de vocês. E logo vão encontrar uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela. Desamarrem e tragam os dois para mim. ....."

Contradição quanto a Genealogia de Jesus

Mateus 1:1 a 16

1. Davi
2. Salomão
3. Roborão
4. Abias
5. Asa
6. Josafá
7. Jorão
8. Ozias
9. Joatão
10. Acaz
11. Ezequias
12. Manassés
13. Amori
14. Josias
15. Jeconias
16. Salatiel
17. Zorobabel
18. Abiud
19. Eliaquim
20. Azor
21. Sadoc
22. Aquim
23. Eliud
24. Eleazar
25. Matã
26. Jacó
27. José
28. Jesus


Lucas 3:23

1. Davi
2. Natã
3Matatá
4. Mená
5. Meléia
6. Eliacim
7. Jonã
8. José
9. Judá
10. Simeão
11. Levi
12. Matat
13. Jorim
14. Elieser
15. Jesus
16. Her
17. Almadã
18. Cosã
19. Adi
20 Melqui
21. Neri
22. Salataiel
23. Zorobabel
24. Ressa
25. Joanã
26. Jodá
27. José
28. Semein
29. Matatias
30. Maat
31. Nagai
32. Esli
33. Naum
34. Amós
35. Matatias
36. José
37. Janai
38. Melqui
39. Levi
40. Matati
41. Eli
42. José
43. Jesus

Nomes contraditórios dos discípulos de Jesus

Mateus 10:2 e Marcos 3:16 Lucas 6:14

1. Simão, chamado Pedro
2. André, que é irmão de Pedro
3. Tiago
4. João
5. Filipe
6. Bartolomeu
7. Tomé
8. Mateus (cobrador de impostos)
9. Tiago, filho de Alfeu
10. Tadeu
11. Simão, o Cananeu
12. Judas Iscariotes


1. Simão chamado de Pedro
2. André, que é irmão de Pedro
3. Tiago
4. João
5. Filipe
6. Bartolomeu
7. Mateus
8. Tomé
9. Tiago, filho de Alfeu
10. Simão, chamado Zelota
11. Judas filho de Tiago
12. Judas Iscariotes

Contradição entre o Velho Testamento e o Novo Testamento

2 Reis. 2: 11:

" E enquanto estavam andando e conversando, apareceu um carro de fogo com cavalos de fogo, que os separou um do outro. Elias subiu ao céu no redemoinho."

João. 3:13:

"Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu: o filho do homem"

Paulo não é mencionado entre os doze seletos discípulos de Jesus. Ver em Mateus(10:1-4), Lucas(6:13-16) e atos dos Apóstolos(1:13).
E sim, se auto intitulou um Apóstolo.

Gálatas 2:7-8:

"Pelo contrário, viram que a mim fora confiada a evangelização dos não circuncidados, assim como a Pedro fora a confiada a evangelização dos circuncidados. De fato, aquele(Jesus) que tinha agido em Pedro para o apostolado entre os circuncidados, também tinha agido em mim a favor dos pagãos."

2 Coríntios.11:5:

"Todavia, não me considero inferior em coisa alguma a esses super-apóstolos!"

Paulo, que tem como nome judeu Saulo, um judeu ortodoxo, um fariseu fanático, era inimigo declarado de Jesus, de seus discípulos, de seus seguidores e de seus ensinamentos.

Ele estava envolvido dia e noite na perseguição dos discípulos e seguidores de Jesus. Ver em Atos dos Apóstolos.9:1-2:

"Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor."

Ele apresentou-se ao sumo sacerdote, e lhe pediu cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém todos os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho.
Atos dos Apóstolos. 9:13-14:

"Ananias respondeu: Senhor, já ouvi muita gente falar desse homem e do mal que ele fez aos teus fiéis em Jerusalém. E aqui em Damasco ele tem poderes, que recebeu dos chefes dos sacerdotes, para aprender todos que invocam o teu nome."

Atos dos Apóstolos 22:19-29:

"Então respondi: Mas, Senhor, eles sabem que era eu que, nas sinagogas, andava prendendo e batendo nos que acreditavam em ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, foi derramado, eu mesmo estava lá, apoiando aqueles que o matavam que guardando as roupas dele."

Atos dos Apóstolos.26:9-11:

"Eu também antes acreditava ser meu dever combater com todas as forças o nome de Jesus, o Nazareno. E foi isso que eu fiz em Jerusalém: prendi muitos cristãos com autorização dos chefes dos sacerdotes, e dei o meu voto para que fossem condenados à morte. Em todas as sinagogas eu procurava obrigá-los a blasfemar por meio de torturas e, no auge do furor, eu os caçava até em cidades estrangeiras."

Gálatas1:13-14:

" Certamente vocês ouviram falar do que eu fazia quando estava no judaísmo. Sabem como eu perseguia com violência a Igreja de Deus e fazia de tudo para arrasá-la. Eu superava no judaísmo a maior parte dos compatriotas da minha idade, e procurava seguir com todo o zelo as tradições dos meus antepassados."

Paulo nem viu Jesus na sua vida nem esteve bem familiarizado com nenhum dos mais próximos discípulos de Jesus.

Após a ascensão de Jesus, Saulo percebeu que a doutrina de Jesus não poderia ser abolida ou distorcida com a simples perseguição dos seus seguidores. Logo, ele fingiu ser um cristão. Ele declarou ser um discípulo de Jesus. Saulo adotou uma nova política para provar a legitimidade da sua missão.

O pupilo de Paulo, Lucas, escreveu; Atos dos Apóstolos.26:14:

"Todos nós caímos por terra . Então ouvi uma voz que me dizia em hebraico: Saulo, saulo, porque você me persegue? É difícil você teimar contra o ferrão!"

Atos dos Apóstolos.9:7:

"Os homens que acompanhavam Saulo ficaram cheios de espanto, porque ouviram a voz, mas não viam ninguém."

Paulo disse; Atos dos Apóstolos.22:9:

"Meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava."

Das citações acima, observamos que:

1-Na primeira citação(Atos dos Apóstolos.9:7) os companheiros de viagem de Paulo permaneceram em pé e em silêncio, enquanto na segunda citação(Atos dos Apóstolos.26:14) eles estavam todos caídos por terra.

2-Na primeira citação, eles escutaram uma voz, mas em (Atos dos Apóstolos.22:9) eles não escutaram a voz de Jesus.

3-Em (Atos dos Apóstolos.22:9) eles realmente viram a luz, mas em (Atos dos Apóstolos.9:7) eles não viram nenhum homem.

As contradições nas citações acima mostram que o incidente, descrito na Bíblia, talvez tenha sido fabricado por Paulo de uma maneira planejada e por isso estava muito longe da realidade e da verdade.

Saulo alegou ter-se tornado um crente em Jesus depois deste incidente. Ele modificou seu nome para Paulo. Ele reivindicou ser um discípulo de Jesus, ele pretendeu juntar-se aos discípulos como sendo um deles.

Nenhum dos discípulos estava disposto a aceitar a sua reivindicação. Porque ele era um dos mais severos inimigos, seus e de Jesus.

Atos dos Apóstolos.9:26-28:

"Saulo chegou a Jerusalém, e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, o apresentou aos apóstolos, e lhes contou como Saulo no caminho tinha visto o Senhor, como o Senhor lhe havia falado, e como ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus na cidade de Damasco. Daí em diante Saulo ficou em Jerusalém com eles, e pregava corajosamente em nome do Senhor."

Mas o proeminente discípulo Barnabé o levou aos apóstolos. E ele foi bem sucedido em ter feito Paulo ser aceito pelos discípulos. Isto indica a influência que Barnabé tinha sobre os apóstolos.

Caso o apóstolo Barnabé não tivesse apoiado Paulo nesta situação, Paulo certamente não teria tido lugar na história do cristianismo.

Paulo declarou a sua aceitação na sua carta aos Gálatas 2:9:

" Por isso, Tiago, Pedro e João, considerados como colunas, reconheceram a graça que me fora concedida, estenderam a mão a mim e a Barnabé em sinal de comunhão; Nós trabalharíamos com os pagãos, e eles com os circuncidados."

Paulo era um homem muito astuto. Ele não propôs a sua doutrina imediatamente no encontro com os apóstolos. No início, Paulo veio até eles como um seguidor sincero. Por isso Barnabé e o outros discípulos acreditaram que Paulo tinha uma crença sincera em Jesus.

Os apóstolos em Jerusalém selecionaram Barnabé como a pessoa mais adequada para pregar o cristianismo na Antioquia.

Atos dos Apóstolos. 11:22-24:

"A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e esta enviou Barnabé para Antioquia. Quando Barnabé chegou e viu a graça de Deus, ficou muito contente e os animou a permanecerem de todo o coração ligados ao senhor. Barnabé era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma considerável multidão se uniu ao Senhor."

Barnabé, para estender sua atividade além de Antioquia chamou Paulo de Tarso como seu assistente.

Atos dos Apóstolos.11:25-26:

" Barnabé foi, então para Tarso em busca de Saulo. E o encontrou e o levou para Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos nessa igreja, e instruíram muita gente. Foi em Antioquia que os discípulos receberam, pela primeira vez, o nome de Cristãos."

Qual foi o sério conflito que separou Paulo de Barnabé e dos outros discípulos?

O pupilo de Paulo, Lucas, afirmou que a causa da separação foi o resultado da discordância concernente a (João) Marcos.

Atos dos Apóstolos. 15:37-39:

" Barnabé queria levar junto também João, chamado Marcos. Paulo, porém, era de opinião que não deviam levar consigo uma pessoa que se havia separado deles na Panfília e não os acompanhara no trabalho. Houve desacordo entre eles, a tal ponto que tiveram de separar-se um do outro. Barnabé levou Marcos consigo e embarcou para Chipre."

A causa do desentendimento definitivo entre eles não poderia ter sido uma simples questão como essa. Se a causa da separação tivesse sido simplesmente Marcos, então porque o relacionamento entre eles não se restabeleceu depois que Paulo aceitou Marcos.

Carta aos Colossenses. 4:10:

" Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, mandam saudações. Sobre Marcos já mandei recomendações; se ele for visitá-los, acolham-no bem."

2 Timóteo. 4:11:

" Somente Lucas está comigo. Procure Marcos e traga-o com você, porque ele pode ajudar-me no ministério."

Infelizmente, seja qual for o material referente a este período que se encontra disponível agora entre nós, foi escrito por Paulo e seus seguidores, que eram oponentes dos discípulos, logo o fato real deve ter sido ocultado ou distorcido ou num tempo posterior rearrumado.

O fato é que Barnabé e os outros discípulos se separaram definitivamente de Paulo no terreno da teologia e das diferenças doutrinárias como pode ser visto a seguir:

Atos dos apóstolos. 15:1-5:

"Chegaram alguns homens da Judéia e doutrinavam os irmãos de Antioquia, dizendo: Se não forem circuncidados, como ordena a Lei de Moisés, vocês não poderão salvar-se. Isso provocou alvoroço e uma discussão muito séria deles com Paulo e Barnabé. Então ficou decidido que Paulo e Barnabé e mais alguns iriam a Jerusalém para tratar dessa questão com os apóstolos e anciãos. Com o apoio e a solidariedade da igreja de Antioquia, eles atravessaram a Fenícia e a Samaria. Contaram sobre a conversão dos pagãos, e deram uma grande alegria a todos os irmãos. Quando chegaram a Jerusalém, foram acolhidos pela igreja, pelos apóstolos e anciãos, e contaram as maravilhas que Deus tinha realizado por meio deles. Alguns daqueles que tinham pertencido ao partido dos fariseus e que haviam abraçado a fé intervieram, declarando que era preciso circuncidar os pagãos e mandar que eles observassem a Lei de Moisés."

A questão foi trazida ao conhecimento dos apóstolos por meio de Paulo e Barnabé no Concílio de Jerusalém. O concílio decidiu que tais condições não teriam que ser inicialmente impostas aos novos convertidos que eram dos gentios.

O Concílio adotou uma política liberal em relação a eles. Isso permitiu que os gentios aceitassem o cristianismo sem aderirem a elaborada Lei do Torá, como um primeiro passo em direção de se viver uma completa vida cristã. Isso não ab-rogou a circuncisão e a adesão à Lei Mosaica permanentemente aos gentios.

Atos dos Apóstolos. 15:10-11:

"Então, por que vocês agora tentam a Deus, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar? Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles."

Atos. 15:19-20:

"Por isso, eu sou de parecer que não devemos importunar os pagãos que se convertem a Deus. Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne sufocada e o sangue."

Atos. 21:25:

"Quanto aos pagãos que abraçaram a fé, já escrevemos a eles sobre nossas decisões: abster-se de carnes imoladas aos ídolos, de carnes sufocadas e de uniões ilegítimas."

O Concílio escreveu uma carta aos gentios.

Atos.15:28-29:

"Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não impor sobre vocês nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das uniões ilegítimas. Vocês farão bem se evitarem essas coisas. Saudações!"

Da citação acima, está claro que o concílio não trata a Lei Mosaica como ab-rogada. Com o fim de conciliar a grande necessidade, os discípulos permitiram aos gentios aceitar o cristianismo sem a necessidade de aderir à Lei. O propósito era não impor nenhuma condição para os cristãos que estavam entrando no cristianismo.

Paulo se aproveitou desta oportunidade de ouro para propor suas enganosas doutrinas, como a da redenção e expiação dos pecados, a doutrina da não adesã à Lei da Torá, a ab-rogação da circuncisão, a divindade de Jesus, etc. Como podemos ver em:

Carta aos Romanos. 9:5:

"Deles são os patriarcas e deles nasceu Cristo segundo a condição humana, que está acima de tudo. Deus seja bendito para sempre amém."

Carta aos Filipenses. 2:11:

"E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."

Carta aos Gálatas. 5:2-4:

"Eu, Paulo, declaro: se vocês se fazem circuncidar, Cristo de nada adiantará para vocês. E a todo homem que se faz circuncidar, eu declaro: agora está obrigado a observar toda a Lei. Vocês que buscam a justiça na Lei se desligaram de Cristo e se separaram da graça."

Carta aos Romanos.5:8-9,11,18-19:

"Mas Deus demonstra seu amor para conosco porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores. Assim, tornados justos pelo sangue de Cristo, com maior razão seremos salvos da ira por meio dele... E não só isso. Também nos gloriamos em Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual obtivemos agora a reconciliação... Portanto, assim como pela falta de um só resultou a condenação para todos os homens, do mesmo modo foi pela justiça de um só que resultou para todos os homens a justificação que dá a vida. Assim como, pela desobediência de um só homem, todos se fizeram pecadores, do mesmo modo, pela obediência de um só, todos se tornarão justos."

1 Carta aos Coríntios 15:1-3:

"Irmãos, lembro a vocês o Evangelho que lhes anunciei, que vocês receberam e no qual permanecem firmes. É pelo Evangelho que vocês serão salvos, com tanto que o guardem do modo como eu lhes anunciei; do contrário, vocês terão acreditado em vão. Por primeiro eu lhes transmiti aquilo que eu mesmo recebi, isto é: Cristo morreu por nossos pecados, conforme as Escrituras."

Carta aos Hebreus.9:22:

"E, segundo a Lei quase todas as coisas são purificadas com sangue; e, sem derramamento de sangue não existe perdão."

Carta aos Gálatas.1:3-4:

"Que a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês Cristo entregou-se pelos nossos pecados para nos arrancar deste mundo mau segundo a vontade de nosso Deus e Pai."

Carta aos Gálatas.2:16-17,21:

"Sabemos, entretanto, que o homem não se torna justo pelas obras da Lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Nós também acreditamos em Jesus Cristo, afim de nos tornarmos justos pela fé em Cristo e não pela observância da Lei, pois com a observância da Lei ninguém se tornará justo. Nós procuramos tornar-nos justos em Cristo; mas também somos pecadores como os outros. Então, será que Cristo estaria a serviço do pecado? Claro que não! ... Portanto, não torno inútil a graça de Deus, porque, se a justiça venha através da Lei, então Cristo morreu em vão."

Gálatas.3:13:

"Cristo nos resgatou da maldição da Lei, tornando-se ele próprio maldição por nós, como diz a Escritura: Maldito seja todo aquele que for suspenso no madeiro."

Quando Barnabé e Paulo voltaram para Antioquia, Paulo levou vantagem da decisão do Concílio de Jerusalém e declarou que a Lei da Torá tinha sido totalmente ab-rogada. Podemos confrontar isso com o que foi dito por Jesus.

Mateus.19:16-17:

"Um jovem se aproximou, e disse a Jesus: Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? Jesus respondeu: por que você me pergunta sobre o que é bom? Um só é o bom. Se você quer entrar para a vida, guarde os mandamentos."

No entanto, Paulo sustentava que a salvação só poderia ser obtida através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Paulo disse

1 Coríntios 15:14:

" E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e também é vazia a fé que vocês têm."

Paulo amarrou a Lei do Tora e os mandamentos com a cruz. Contra os ensinamentos de Jesus.

Carta aos Colossenses. 2:14:

"Anulou o título de dívida que havia contra nós, deixando de lado as exigências legais; fez o título desaparecer, pregando-o na cruz."

Ele também disse:

1 Coríntios. 6:12:

"Posso fazer tudo o que quero. Sim, mas nem tudo me convém. Posso fazer tudo o que eu quero, mas não deixarei que nada me escravize."

Ele também disse;

Carta aos Romanos. 3:7-8:

"Mas se através da minha mentira resplandece mais a verdade de Deus para a sua glória, então por que sou julgado como pecador? Por que não haveríamos de fazer o mal, para que venha o bem? Aliás, alguns caluniadores afirmam que nós ensinamos isso. Essas pessoas merecem condenação."

Paulo não somente rejeitou a ambos, Moisés e Jesus, mas afirmou que ele era a Lei para ele próprio.

Paulo importou a filosofia Romana, Grega e Platônica dos pagãos para os ensinamentos originais de Jesus. Então Barnabé e Pedro se opuseram a Paulo.

Paulo não somente desobedeceu os maiores discípulos, como também quis que suas teorias revolucionárias prevalecessem, os culpou e brigou contra eles como pode ser visto a seguir:

Carta aos Gálatas. 2:11-13:

"Quando Pedro foi a Antioquia, eu o enfrentei em público, porque ele estava claramente errado. De fato, antes de chegarem algumas pessoas da parte de Tiago, ele comia com os pagãos; mas, depois que chegaram, Pedro começou a evitar os pagãos e já não se misturava com eles, pois tinha medo dos circuncidados. Os outros judeus também começaram a fingir com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela hipocrisia dele."

Esta passagem esclarece-nos algo sobre a disputa entre Paulo, Pedro e Barnabé. Depois desse incidente em Antioquia, Barnabé antipatizou-se com Paulo, separando-se permanentemente dele. Podemos observar que depois desse ponto da separação, Paulo e seu estudante Lucas dificilmente mencionaram Barnabé na Bíblia.

Atos dos Apóstolos. 15:39:

" Houve desacordo entre eles, a tal ponto que tiveram que separar-se um do outro. Barnabé levou Marcos consigo e embarcou para Chipre."

Quando Paulo veio a Jerusalém, Tiago e todos os anciãos tentaram convencê-lo a voltar à fé verdadeira e preservar a Lei de Moisés, dizendo:

Atos. 21:25:

"Quanto aos pagãos que abraçaram a fé, já escrevemos a eles sobre nossas decisões: abster-se de carnes imoladas aos ídolos, de carnes sufocadas e de uniões ilegítimas."

Eles queriam dizer que eles não ab-rogaram a circuncisão e aderência à Lei, o que estava sendo pregado por Paulo.

Ver também a citação abaixo, na qual foi pedido a Paulo que conservasse a Lei. Eles o aconselharam a se purificar, porque se opondo a Lei de Moisés ele tinha saído da congregação dos fiéis. Eles disseram:

Atos. 21:20-21 e 24:

"Ouvindo Paulo, eles glorificavam a Deus. Mas a seguir lhe disseram: Como você vê, irmão, há milhares de judeus que abraçaram a fé, e todos são fiéis observantes da Lei. Eles estão a par das coisas que dizem a seu respeito, isto é, que você anda ensinando a todos os judeus que vivem no meio dos pagãos para abandonarem Moisés e dizendo-lhes para não circuncidarem seus filhos e não continuarem a seguir as tradições...Leve-os com você, purifique-se com eles, pague as despesas para que possam mandar raspar a cabeça. Assim, todos saberão que os boatos a seu respeito não têm fundamento e que você também é fiel na observância da Lei."

Paulo não estimava os discípulos de Jesus e não ouvia seus conselhos. Ao invés disso, ele alegou que não precisava da proteção dos discípulos. Paulo, um novo convertido, que não tinha sequer visto Jesus vivo, pareceu muito insolente quando disse:

Gálatas. 2:6:

"No que se refere àqueles mais notáveis pouco me importa o que eles eram então, porque Deus não faz diferença entre as pessoas. Esses mesmos notáveis nada mais me impuseram.

Logo, Paulo continuou a pregar suas novas teorias, Os discípulos realmente acreditavam que Paulo era um sincero seguidor e o apoiaram como um verdadeiro crente. desde que ele não tomasse nenhum meio para distorcer os ensinamentos de Jesus.

Como Paulo começou a introduzir a filosofia pagã no cristianismo, atacando seus conceitos básicos e iniciando a corrupção dos pensamentos de Jesus, todos os apóstolos se separaram dele completamente.

O evangelho de Paulo não é o evangelho de Jesus e de seus discípulos

Os verdadeiros discípulos de Jesus, Pedro, Barnabé, João, Tiago, André, Filipe e outros mais, tinham estado intimamente ligados a Jesus enquanto ele estava aqui na terra.

Eles tinham tido a experiência direta e o conhecimento dos ensinamentos de Jesus. Logo, os discípulos eram, sem sombra de dúvidas, superiores a Paulo em todos os aspectos. Caso Paulo fosse um verdadeiro seguidor de Jesus, ele teria tentado aprender o verdadeiro evangelho revelado por Jesus a seus discípulos, que eram os maiores sábios do Cristianismo naquele tempo.

Ao invés de ele ir até aos discípulos em Jerusalém, após a sua "transformação espiritual", foi para a Arábia.

Carta aos Gálatas. 1:17-18:

"Nem subi a Jerusalém para me encontrar com aqueles que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, fui para a Arábia, e depois voltei para Damasco. Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Pedro, e fiquei com ele quinze dias."

Para ficar num local tranqüilo para formar um plano ou avaliar cuidadosamente as implicações da sua nova doutrina. Ele, após três anos, voltou para Jerusalém para visitar Pedro e Tiago.

Paulo ao invés de tentar aprender o evangelho de Jesus dos seus discípulos os culpou e responsabilizou-os por não ma

nterem-se fiéis as "suas convicções" Paulo disse:
Gálatas. 2:14:

"Quando vi que eles não estavam agindo direito, conforme a verdade do Evangelho, eu disse a Pedro, na frente de todos: Você é judeu, mas está vivendo como os pagãos e não como os judeus. Como pode, então, obrigar os pagãos a viverem como judeus?"

Paulo reivindicou que ele teria recebido o seu evangelho numa revelação direta do seu Deus Jesus.


Gálatas. 1:11-12:

"Irmãos, eu declaro a vocês; o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo."

Paulo também alegou:

Gálatas. 2:7:

"Pelo contrário, viram que a mim fora confiada a evangelização dos não circuncidados, assim como a Pedro fora confiada a evangelização dos circuncidados."

Devido a um sério conflito entre Paulo e os verdadeiros discípulos de Jesus, um grande grupo de cristãos, como por exemplo os Gálatas, se separaram de Paulo.

Logo, Paulo escreveu-lhes uma carta, onde ele amaldiçoa os discípulos que pregavam o verdadeiro evangelho a eles e lhes pediu que se mantivessem fiéis às suas convicções, através do seu evangelho.

Gálatas. 1:6-9:

"Estou admirado de vocês estarem abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo, para aceitarem outro Evangelho. Na realidade, porém, não existe outro Evangelho. Há somente pessoas que estão semeando confusão entre vocês, e querem deturpar o Evangelho de Cristo. Maldito aquele que anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que anunciamos, ainda que sejamos nós mesmos ou algum anjo do céu. Já dissemos antes e agora repetimos: Maldito seja quem anunciar um evangelho diferente daquele que vocês receberam."

Em outra carta a Timóte, Paulo escreve:

2 Timóteo. 2:8:

"Lembre-se de que Jesus Cristo, descendente de Davi, ressuscitou dos mortos. Esse é o meu Evangelho."

E em 2 Coríntios. 11:4:

"De fato, se chega alguém e prega a vocês um Jesus diferente daquele que lhes pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente daquele que receberam, ou um evangelho diverso daquele que vocês abraçaram, vocês o suportam de bom grado."

Dos 27 livros do Novo Testamento, 14 são de autoria de Paulo. Paulo não precisou de inspiração para escrever as palavras de Deus.

1 Coríntios. 7:12 e 25:

"Aos outros, sou eu que digo, não o Senhor: Se algum irmão tem esposa que não é cristã, e ela concorda em viverem juntos, não se divorcie dela... Quanto às pessoas virgens, não tenho nenhum preceito do Senhor. Porém, como homem que pela misericórdia do senhor é digno de confiança, dou apenas um conselho:"

Como ele alegou serem essas Epístolas palavras de Deus, se Jesus não escreveu uma só palavra? Michael H. Hart, um americano cristão, autor do livro "Os 100- O Ranking Das Mais Influentes Pessoas Na História.", chamou Paulo de o real fundador do Cristianismo dos nossos dias atuais.

O Grupo de Paulo Estava Separado do Grupo de Jesus e de Seus Discípulos.

Pedro era o mais fiel e amado por Jesus, tanto que ele queria construir a sua igreja sobre a pedra (Pedro). Ver em Mateus 16:18-19:

"Por isso eu lhe digo: você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar da terra será desligado no céu."

Pedro foi reconhecido na primeira igreja cristã como o líder dos discípulos de Jesus. Ele foi considerado como o mais importante discípulo. Depois do conflito de Antioquia, Pedro, assim como Barnabé, se separou de Paulo.

Desde este período avançado, Pedro se tornou tão sem importância em relação ao grupo de Paulo, que Lucas, o mais próximo seguidor de Paulo, repentinamente (após o décimo quinto capítulo do livro Atos dos Apóstolos) parou de mencionar Pedro.

João e Tiago estavam também do mesmo modo separados de Paulo e, a partir deste ponto do conflito, eles nunca mais foram mencionados por Lucas em Atos.


Briga entre duas comunidades rivais:

A)- Então Pedro, com os discípulos e os verdadeiros seguidores de Jesus, formaram um grupo separado para salvar os verdadeiros ensinamentos de Jesus da falsa e distorcidos ensinamentos de Paulo, e para pregar a doutrina correta de Jesus.

Um grupo na igreja dos Coríntios era especialmente devotado a Pedro. Paulo, para obter apoio dos Coríntios escreveu uma carta para eles.

1 Coríntios.1:11-13:

"Meus irmãos, alguns da casa de Cloé me informaram que entre vocês existem brigas. Eu me explico. É que uns dizem: Eu sou de Paulo! E outros: Eu sou de Apolo! E outros mais: Eu sou de Pedro! Outros ainda! Eu sou de Cristo! Será que Cristo está dividido? Será que Paulo foi crucificado em favor de vocês? Ou será que vocês foram batizados em nome de Paulo?"

A afirmação de Paulo, acima, clareia para nós os grupos de Paulo e Pedro. Paulo, em outra carta aos Coríntios, tentou provar que seu apostolado era tão genuíno como o apostolado de Pedro, Tiago, João e outros.

1 Coríntios.9:1-6:

"Por acaso não sou livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus nosso Senhor? E vocês não são obra minha no Senhor? Ainda que para outros eu não seja apóstolo, ao menos para vocês eu sou; porque o selo do meu apostolado no Senhor são vocês. Essa é a minha resposta para aqueles que me acusam. Será que não temos direito de comer e beber? Ou não temos direito de levar conosco nas viagens uma mulher cristã, como fazem os outros apóstolos e os irmãos do Senhor, e Pedro? Ou somente eu e Barnabé não temos o direito de ser dispensados de trabalhar?"

B)- Paulo está receoso da servidão do grupo dos discípulos. Paulo disse:

Gálatas.2:2-4:

"Fui lá seguindo uma revelação. Expus a eles o Evangelho que anuncio aos pagãos, mas o expus reservadamente às pessoas mais notáveis, para não me arriscar a correr ou ter corrido em vão. Nem Tito, meu companheiro, que é grego, foi obrigado a circuncidar-se. Nem mesmo por causa dos falsos irmãos, os intrusos que se infiltraram para espionar a liberdade que temos em Jesus Cristo, a fim de nos tornar escravos."

O grupo dos discípulos de Jesus juntamente com Pedro consideravam Paulo um traidor, Eles o pegaram e tentaram matá-lo. Lucas escreveu:

Atos dos Apóstolos. 21:27-28 e 30-31:

"Os sete dias estavam chegando ao fim, quando os judeus da Ásia, percebendo que Paulo estava no Templo, amotinaram toda a multidão e o agarraram, gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que anda ensinando a todos e por toda a parte contra o nosso povo, contra a nossa Lei e contra este Lugar. Além disso, ele trouxe gregos para dentro do templo, profanando este santo Lugar.... A cidade toda ficou agitada e houve ajuntamento do povo. Apoderaram-se de Paulo e o arrastaram para fora do Templo, e imediatamente as portas foram fechadas. Já estavam prontos para matá-lo, quando chegou ao tribuno da corte esta notícia: Jerusalém inteira esta amotinada."

Paulo pôs palavras na boca de Jesus para se proteger do ataque do grupo dos discípulos que estavam determinados a mata-lo. Paulo disse:

Atos dos Apóstolos. 22:17-18:

"Depois eu voltei a Jerusalém, e quando estava rezando no Templo, entrei em êxtase. Vi o Senhor que me dizia: Depressa, saia logo de Jerusalém, porque não aceitarão o testemunho que você dá a meu respeito."

Atos. 23:12:

"No dia seguinte, os judeus fizeram uma conspiração e se comprometeram, sob juramento, a não comer nem beber enquanto não matassem Paulo.

Como o grupo de Paulo (Os cristãos Paulinos) triunfaram sobre o grupo dos discípulos (judeus-cristãos)?

Os gentios estavam com medo de abraçar a fé cristã, porque eles consideravam "a circuncisão e a aderência à Lei de Moisés" um peso, mas, de acordo com os judeus-cristãos, a circuncisão e a aderência à Lei de Moisés eram compulsórias e pré-condição para os gentios abraçarem a fé cristã.

Os gentios declararam que a circuncisão e a aderência à Lei não eram necessárias, Então a palavra "não circundados" foi usada pelos judeus para dizer que uma pessoa era impura.

O resultado foi que os judeus-cristãos não gostavam de comer e misturar-se com os gentios, porque eles estavam proibidos pela sua Lei de comer com os gentios que não eram circuncidados e, consequentemente, eram impuras.

Paulo transgrediu a Lei e ab-rogou a circuncisão e desta forma apoiou a opinião dos gentios a esse respeito, para assegurar que suas opiniões eram as mesmas que as deles. Ele fez este esforço, a fim de obter apoio dos gentios.

Como resultado, os gentios de diferentes países, como Grécia, o Império Romano, etc. entraram precipitadamente no corpo da doutrina Paulina.... Por causa do compromisso de Paulo com a crença Romana, os cristãos Paulinos cresceram em número e força. Assim, a influência de Paulo entre os novos cristãos continuou a crescer.

Os judeus-cristãos pela sua não aceitação da inovação Paulina no Cristianismo se separaram dos cristãos Paulinos. Logo, os judeus-cristãos ficaram sujeitos à ira da igreja Paulina pela não aderência aos dogmas Paulinos.

Esforços sistemáticos foram feitos para os aniquilar e para destruir todos os traços da sua igreja, sua versão da Bíblia e todos os outros relatos escritos e valiosos documentos.

No século IV, um acontecimento produziu mudança radical na história do Cristianismo. O imperador Constantino percebeu que,para manter a paz no seu reino entre duas doutrinas do Cristianismo dentro de uma mesma igreja, era necessário realizar uma conferência.

Logo, em 325 A C., ele convocou uma conferência para todas as denominações do Cristianismo em Nicéia. Ário, seguidor de Barnabé, representando o Judeu-Cristianismo e Atanásio, o seguidor de Paulo, representando a igreja Paulina, compareceram à mesma.

A conferência teve muitas sessões prolongadas, visto que o imperador Constantino, que não era cristão, tinha como único objetivo se beneficiar como governante.

Ao invés de prestar atenção nas implicações das confrontações eclesiásticas, sem se preocupar com que era bom para os cristãos e que para manter a paz no seu império o apoio e a cooperação da igreja Paulina, a mais forte das duas principais denominações, era necessário.

Consequentemente, ele apoiou Atanásio, um sacerdote de Alexandria, líder do grupo Paulino.

Neste concílio, a doutrina da trindade, uma inovação formulada por Atanásio 325 anos após a ascensão de Jesus, foi pela primeira vez considerada como crença fundamental do Cristianismo. Como é evidente, o conceito da trindade, ao invés de vir de Jesus, foi uma inovação aceita por esta convenção.

Ário e outros que protestaram contra esta inovação e recusaram-se a aceitá-la como uma doutrina verdadeira, foram mais tarde excomungados por Constantino. A igreja Paulina que foi aceita nesse encontro foi mais tarde conhecida como a crença Atanasiana.

Desta forma, a doutrina Paulina se tornou a religião oficial do império Romano. Seguiram-se massacres de cristãos que não acreditavam na trindade.

Tornou-se um pecado, sujeito à punição, possuir uma Bíblia não autorizada por esta igreja. Um decreto foi publicado para executar qualquer um que estivesse de posse de outro evangelho que não o aprovado pela igreja Paulina.

Por Que Barnabé é tão sem importância no Cristianismo?

Barnabé como um discípulo, tinha estado bem próximo de Jesus, que o ensinou diretamente a sua fé.

Ele foi um bem sucedido pregador, com uma personalidade atraente. Isto fez dele um membro proeminente do pequeno grupo de discípulos reunidos em Jerusalém no círculo de Tiago após a ascensão de Jesus.

Mais tarde, ele se tornou uma personalidade na liderança dos primeiros cristãos e devotou toda sua vida na pregação da doutrina de Jesus. Barnabé veio a saber da realidade sobre Paulo.

Logo, ele advertiu as pessoas contra os distorcidos ensinamentos de Paulo no prefácio e na conclusão do seu evangelho. Ele pediu a eles para não serem enganados por Paulo.

Logo, os pupilos de Paulo obviamente não mencionavam ele em seus livros. Não há nenhuma menção contemporânea das suas atividades subsequentes, exceto de algumas curtas referências de Paulo alguns poucos anos mais tardes em 1 Coríntios. 9:6:

"Ou somente eu e Barnabé não temos o direito de ser dispensados de trabalhar."

Barnabé desapareceu das páginas da história do Cristianismo tão logo que se separou de Paulo após o conflito com ele. Outros historiadores cristãos também ficaram totalmente silenciosos a cerca da última parte da vida de Barnabé.

Como eu havia mencionado antes, qualquer material daquela época que está disponível hoje, foi escrito e controlado por Paulo e subseqüentemente por seus seguidores, que eram inimigos declarados de Barnabé.

Logo, é bem possível que, juntamente com isto, outras emendas ou correções da igreja Paulina tenham erradicado nome de Barnabé da lista dos discípulos de Jesus.

Mateus.10:1-4),(Lucas. 6:13-16) e (Atos.1:13), mas, apesar dos esforços da igreja cristã de apagar a vida, atividades e mensagem de Barnabé, ele permanece, pela graça de Deus, vivo através de seu evangelho, o qual é o único Evangelho sobrevivente, escrito por uma testemunha ocular que era um dos discípulos de Jesus.

O Evangelho de Barnabé, o qual tinha sido aceito como um evangelho canônico até 325 dC. nas igrejas de Alexandria, foi, após o Concílio realizado nesse ano, listado como um dos livros a serem queimados.

Cerca de 270 diferentes versões dos evangelhos foram queimados. Passando por diferentes mãos, o evangelho de Barnabé, na sua forma que nos parece ser a forma original por estar na sua totalidade em acordo com o que nos relata o Alcorão, de algum modo chegou à biblioteca imperial de Viena, onde ainda permanece.

Também há um escritor, de nome o Pastor de Hermas, que também foi considerado apócrifo (livro de autenticidade duvidosa), mas sobreviveu e também concorda com o Alcorão.
Conclusão:
De acordo com o que foi exposto acima, fica claro que o que temos hoje em dia em nossas mãos dentro da Bíblia como sendo a Palavra de Deus, não condiz com o que realmente foi revelado por Deus aos seus Mensageiros Davi, Moisés e Jesus, (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre eles); tendo sido adulterado, com o passar dos tempos, onde se misturaram as palavras dos homens com as palavras de Deus.


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الرسالة 11
أنت تسأل والقران يجييب


Você pergunta e o Alcorão responde!
1- Quem e o criador?
(40:64)
Deus foi Quem fez a terra como berço, o céu como teto, modelou e aperfeiçoou as vossas configurações, e vos agraciou com todo o bem. Tal é Deus, vosso Senhor. Bendito seja Deus, Senhor do Universo!
(39:6)
Criou-vos de uma só pessoa (Adão); então, criou, da mesma, a sua esposa (Hawwa) (Eva), e vos criou oito espécies de gado (ovelha, macho e fêmea; cabra, macho e fêmea; camelo macho e fêmea e bois macho e fêmea). Configura-vos paulatinamente no ventre de vossas mães, entre três trevas (criação apos criação). Tal é Deus, vosso Senhor; d’Ele é a soberania. (La illah illa Allah), Não há mais divindade, além d’Ele.
(7:54)
Vosso Senhor é Deus, Que criou os céus e a terra em seis dias, assumindo, em seguida, o Trono. Ele ensombrasse o dia com a noite, que o sucede incessantemente. O sol, a lua e as estrelas estão submetidas ao Seu comando. Acaso, não Lhe pertencem a criação e o poder? Bendito seja Deus, Senhor do Universo.
(10:32)
Tal é Deus, vosso verdadeiro Senhor; e que há, fora da verdade, senão o erro? Como, então, vos afastais?

2-Quem é Allah?
(59:23-24)
Ele é Deus; não há mais divindade além d’Ele, Soberano, Augusto, Pacífico, Salvador, Zeloso, Poderoso, Compulsor, Supremo! Glorificado seja Deus, de tudo quanto (Lhe) associam!
Ele é Deus, Criador, Onifeitor, Formador. Seus são os mais sublimes atributos. Tudo quanto existe nos céus e na terra glorifica-O, porque é o Poderoso, o Prudentíssimo.
(20:14)
Sou Deus. Não há divindade além de Mim! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome.
(2:255)
Deus! Não há mais divindade além d’Ele, Vivente, Subsistente, a Quem jamais alcança a inatividade ou o sono; d’Ele é tudo quanto existe nos céus e na terra. Quem poderá interceder junto a Ele, sem a Sua anuência? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos) nada conhecem a Sua ciência, senão o que Ele permite. O Seu Trono abrange os céus e a terra, cuja preservação não O abate, porque é o Ingente, o Altíssimo.
(35:13)
Ele insere a noite no dia e o dia na noite e rege o sol e a lua; cada um percorrerá o seu curso até um término prefixado. Tal é Deus para vós, vosso Senhor, e é d’Ele o Reino. Quanto aos que invocais em vez d’Ele, não possuem o mínimo que seja de poder.
(3:18)
Deus dá testemunho de que não há mais divindade além d’Ele; os anjos e os sábios O confirmam Justiceiro; não há mais divindades além d’Ele, o Poderoso, o Prudentíssimo.
(3:51)
Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta.

3-Tu pensas que Allah te criou por diversão e sem nenhum objetivo?
(3:115)
Pensais, porventura, que vos criamos por diversão e que jamais retornareis a Nós.

4 – Com que propósito Deus criou a Humanidade?
(51:56)
E Eu (Allah) não Criei Espíritos, Demônios e a Humanidade, exceto para que devessem Me Adorar (Unicamente).

5- O que é que Allah nos manda fazer?
(4:58)
Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o eqüidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente.
(6:151)
Dize (ainda mais): Vinde, para que eu vos prescreva o que vosso Senhor vos vedou: Não Lhe atribuais parceiros; tratai com benevolência vossos pais; não sejais filicidas, por temor á miséria- Nós vos sustentaremos, tão bem quanto aos vossos filhos -; não vos aproximeis das obscenidades, tanto pública, como privadamente, e não mateis, senão legitimamente, o que Deus proibiu matar. Eis o que Ele vos prescreve, para que raciocineis.

6- De onde devemos procurar orientação?
(1:1-6)
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
Louvado seja Deus, Senhor do Universo,
Clemente, o Misericordioso,
Soberano do Dia do Juízo.
Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda!
Guia-nos à senda reta

7- A quem devemos invocar perante um desastre?
(29: 65)
Quando embarcam nos navios, invocam Deus sinceramente; porém, quando, a salvo, chegam à terra, eis que (Lhe) atribuem parceiros.
(10-12 )
E se o infortúnio açoita o homem, ele Nos implora, quer esteja deitado, sentado ou em pé. Porém, quando o libertamos de seu infortúnio, ei-lo que caminha, como se não Nos tivesse implorado quando o infortúnio o açoitava. Assim foram abrilhantados os atos dos transgressores (por Satanás).

8- O que aconteceu às nações precedentes quando desobedeceram a Allah?
(29:40)
Porém, castigamos cada um, por seus pecados; sobre alguns deles desencadeamos um furacão; a outros, fulminou-os o estrondo; a outros, fizemo-los serem tragados pela terra e, a outros, afogamo-los. É inconcebível que Deus os houvesse condenado; outrossim, condenaram-se a si mesmos.

9- Allah guarda e conserva o Quran da deturpação?
(15:9)
Nos exatamente revelamos a Mensagem e somos na verdade o Seu Preservador (da corrupção).

10- A quem devemos adorar?
(20-14)
Sou Deus. Não há divindade além de Mim! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome.

11- Qual é a religião perante Allah?
(3-19)
Para Deus a religião é o Islam. E os adeptos do Livro (os Judeus e Cristãos) só discordaram por inveja, depois que a verdade lhes foi revelada. Porém, quem nega os versículos (provas evidentes, sinais, revelações, etc.) de Deus, saiba que Deus é Destro em ajustar contas.

12- Qual é a religião que é aceite perante Allah?
(3:85)
E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceite e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.

13- De onde vem o Alcorão?
(42:3 )
Assim te revela, (O Muhammad صلى الله عليه وسلم) como (o fez) àqueles que te precederam, Deus, o Poderoso, o Prudentíssimo.
(6:114 )
Dize: (Ó Muhammad صلى الله عليه وسلم ) Poderia eu anelar outro árbitro que não fosse Deus, quando foi Ele Quem vos revelou o Livro (Alcorão) detalhado? Aqueles a quem revelamos o Livro (Evangelho) sabem que ele é uma revelação verdadeira, que emana do teu Senhor. Não sejas, pois, dos que duvidam.

14 – Por que Allah enviou mensageiros?
(4:64)
Jamais enviaríamos um mensageiro que não devesse ser obedecido, com a anuência de Deus.

15- Será que temos que acreditar em todos mensageiros?
(2:285)
O Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos. Só anelamos a Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!

16- O que aconteceu com as escrituras precedentes?
(4:46)
Entre os judeus, há aqueles que deturpam as palavras, quanto ao seu significado. Dizem: Ouvimos e nos rebelamos. Dizem ainda: "Issmah ghaira mussmaen, wa ráina, distorcendo-lhes, assim, os sentidos, difamando a religião. Porém, se tivessem dito: Ouvimos e obedecemos. Escuta-nos e digna-nos com a Tua atenção ("anzurna" em vez de "Ráina"), teria sido melhor e mais propício para eles. Porém, Deus os amaldiçoa por sua perfídia, porque não crêem, senão pouquíssimos deles.
 (5:13)
 Porém, pela violação de sua promessa, amaldiçoamo-los e endurecemos os seus corações. Eles deturparam as palavras (do Livro) e se esqueceram de grande parte que lhes foi revelado; não cessas de descobrir a perfídia de todos eles, salvo de uma pequena parte; porém, indulta-os e perdoa-lhes os erros, porque Deus aprecia os benfeitores.

17- Quem é o Último mensageiro?
(3:144)
Mohammad não é senão um Mensageiro, a quem outros mensageiros precederam. Porventura, se morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade? Mas quem voltar a ela em nada prejudicará Deus; e Deus recompensará os agradecidos.

18- Para quem foi enviado o mensageiro (Muhammad)?
(34:28)
E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos; porém, a maioria dos humanos o ignora.

19- O que é que Deus preparou para aqueles que crêem entre os judeus e os cristãos?
(57:28)
Ó fiéis, temei a Deus e crede em Seu Mensageiro (Muhammad)! (em Moises os Judeus e os Cristãos em Jesus) Ele vos concederá dupla porção da Sua misericórdia, dar-vos-á uma luz, com que vos encaminhará e vos perdoará; e Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

20- Que semelhança do Jesus ante Deus?
(3-59)
O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó, então lhe disse: Seja! e foi.

21- O que é que Allah disse acerca da Maria?
(3:42-47)
Recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!
Ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genuflexos!
Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Mensageiro). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavam presentes quando rivalizavam entre si.
(Recorda-te) quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus.
Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos.
Perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! e é.

22- Será que Jesus foi crucificado e morreu na cruz?
(4:157-158)
E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram.
Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.

 23- O Jesus foi filho de Deus?
(112:1-4)
Dize: (O Mohammad) Ele é Deus, o Único
Deus! O Absoluto!
Jamais gerou ou foi gerado!
E ninguém é comparável a Ele

24– Como pode estar Seguro?
(6:82)
Os fiéis que não obscurecerem a sua fé com injustiças obterão a segurança e serão iluminados.

25- O que é a vida mundana?
(57:20)
Sabei que a vida terrena é tão-somente jogo e diversão, veleidades, mútua vanglória e rivalidade, com respeito à multiplicação de bens e filhos; é como a chuva, que compraz aos cultivadores, por vivificar a plantação; logo, completa-se o seu crescimento e a verás amarelada e transformada em feno. Na outra vida haverá castigos severos (para os mal feitores e os desobedientes), indulgência e complacência de Deus. Que é vida terrena, senão um prazer ilusório?

26- Tudo quanto possuís das bênçãos e desfrutais, é de Allah?
(16:53)
Todas as mercês de que desfrutais emanam d’Ele; e quando vos açoita a adversidade, só a Ele rogais.

27- Como poderia garantir as bênçãos de Allah?
(14:7)
E (recorda) de quando o vosso Senhor vos proclamou: Se Me agradecerdes (aceitando a fé e não adorando outro somente Deus), multiplicar-vos-ei (de minhas bênçãos); se Me desagradecerdes, sem dúvida que o Meu castigo será severíssimo.

28- Como poderia proteger-se de um tormento doloroso?
(61:10-11)
Ó fiéis, quereis que vos indique uma troca que vos livre de um castigo doloroso?
É que creiais em Deus e em Seu Mensageiro, (Muhammad صلى الله عليه وسلم ).

29- O que acontecerá a quem depositar sua confiança em Deus?
(65:3)
E o agraciará, de onde menos esperar. Quanto àquele que se encomendar a Deus, saiba que Ele será Suficiente, porque Deus cumpre o que promete. Certamente Deus predestinou uma proporção para cada coisa.

30- Qual é o destino dos descrentes?
(57:15)
Assim, pois, hoje não se aceitará resgate algum por vós (hipócritas), nem pelos incrédulos (em a Unicidade) de Allah A vossa morada será o fogo, que é o que merecestes. E que funesto destino!

31- Qual é o destino dos crentes?
(4:57)
Quanto aos fiéis (na unicidade de Allah), que praticam o bem, introduzi-lo-emos em jardins, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente, onde terão esposas imaculadas, e os faremos desfrutar de uma densa sombra.

32- Como é que pode ser feliz?
(16:97)
Quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, lhe concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.





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الرسالة 12علاقة الصداقة بين الرجل والمراة في الإسلام

Como muçulmanos namoram

"Dize às crentes que recatam seus olhares, conservem seus pudores e não mostrem seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem; que cubram o peito com seus véus e não mostrem seus atrativos a não ser a seus esposos, seus pais, seus sogros, seus filhos, seus enteados, seus irmãos, seus sobrinhos, às suas mulheres, suas servas, seus criados livres das necessidades físicas ou crianças que não discernem sobre a nudez das mulheres; que não agitem seus pés para que chamem a atenção sobre seus atrativos ocultos. Ó crentes, voltai-vos todos, arrependidos, a Deus, a fim de que vos salveis" {Alcorão Sagrado: 24ª - 31}
O Namoro No Islam
Uma das perguntas mais comuns que os jovens me fazem é: "Os muçulmanos namoram?" e "Se eles não namoram, como podem decidir com quem se casar?"

O "namoro", como é praticado atualmente na maior parte do mundo-onde um rapaz e uma moça mantêm relações íntimas, passam o tempo juntos sem a presença de outros, "conhecem um ao outro" de uma forma mais aprofundada, antes de se decidirem se é a pessoa certa para casar - não existe entre os muçulmanos. No Islam, ao contrário, são proibidas as relações pré-conjugais de qualquer espécie entre pessoas de sexos diferentes.

A escolha do parceiro para casar é uma das decisões mais importantes que alguém pode tomar na vida. Não pode ser feita precipitadamente nem ser deixada por conta do acaso ou dos hormônios. Deve ser uma decisão séria como qualquer outra decisão importante na vida, com orações, pesquisa cuidadosa e o envolvimento da família.

Portanto, como é que, no mundo de hoje, os jovens fazem? Antes de mais nada, o jovem muçulmano estabelece amizades muito próximas com companheiros do mesmo sexo. Esta fraternidade, feminina ou masculina, que se desenvolve quando eles ainda são jovens, continua pelo resto de suas vidas. Quando um jovem decide casar-se, deve adotar os seguintes passos:

O jovem faz duaa para pedir que Deus o ajude a encontrar a pessoa certa.

A família informa-se, discute e sugere pretendentes. Eles se consultam para reduzir as perspectivas em potencial. Normalmente o pai ou a mãe se aproxima da outra família para sugerir um encontro.

O casal concorda com um encontro acompanhado, em ambiente aberto. 'Omar narrou que o Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) disse: "Ninguém deve se encontrar com uma mulher sozinho, a menos que ela esteja acompanhada por um parente (mahram)" (Bukhari/Muslim). O Profeta (que a paz esteja com ele) também disse: "Sempre que um homem estiver sozinho com uma mulher, Satanás (Shaytan) será a terceira pessoa entre eles." (Tirmizi)
Quando os jovens se encontram para se conhecerem, estar sozinhos é uma tentação para a coisa errada. A todo momento, os muçulmanos devem seguir os mandamentos do Alcorão (24:30-31) para "baixar os olhos e guardar a modéstia..."

O Islam reconhece que somos humanos e que temos fraquezas humanas, portanto esta norma nos protege em nosso próprio benefício.

a família pesquisa o futuro candidato, fala com amigos, família, líderes islâmicos, etc... para saber mais a respeito do caráter dele ou dela.

o casal faz salat-il-istikhara (oração para orientação) para pedir a ajuda de Deus na tomada de decisão.

o casal concorda com o casamento. O Islam deu liberdade de escolha tanto para o homem como para a mulher, eles não podem ser forçados a casar se não o quiserem.

O tipo de namoro aqui focalizado, ajuda a assegurar a força do casamento, baseando-se na sabedoria e orientação dos mais velhos da família nesta importante decisão da vida. O envolvimento da família na escolha do futuro cônjuge ajuda a garantir que a opção baseou-se não em conceitos românticos e sim numa avaliação cuidadosa e objetiva das afinidades do casal. Por esta razão, tais casamentos se mostram freqüentemente bem sucedidos.
Irmã Muçulmana, Cuidado com o Casamento Temporário!
O casamento no Islam é um laço muito forte, um contrato comprometedor, baseado na intenção de ambos os conjugues de conviverem permanentemente a fim de atingir, como indivíduos, os benefícios do repouso, do afeto e da misericórdia que estão mencionados no Alcorão, bem como para alcançar a meta social da reprodução e perpetuação da espécie humana:

”Deus vos designou esposas de vossa espécie e delas concedeu filhos e netos e vos agraciou com todo o bem.” 
(16ª:72)

Já no casamento temporário(ou casamento do prazer, chamado em árabe de mutaa), que é contrato por duas pessoas para durar um determinado tempo especifico em troca de um valor predeterminado de dinheiro, os propósitos acima citados do casamento não se realizam. Enquanto o Profeta (que a paz esteja com ele) permitiu casamentos temporários durante viagens ou campanhas militares antes de se completar o processo legislativo Islâmico, mais tarde ele o proibiu tornando-o ilícito para todo o sempre.
A razão de ele ter sido permitido no começo foi a de que muçulmanos estavam passando pelo que pode ser chamado de período de transição pré-Islâmico para o Islam. A fornicação era muito comum e muito difundida entre os árabes pré-Islâmicos. Após o advento do Islam, quando eles tiveram necessidade de participar de campanhas militares encontraram-se sob fortes pressões devido a ficarem longe de suas esposas por longos períodos. Entre os crentes havia alguns que eram fortes em sua fé e outros que eram fracos. Os fracos temiam serem tentados a cometer o adultério, um pecado capital e um péssimo costume, enquanto que os que eram fortes, por outro lado, estavam dispostos a se castrarem, como narrado por Ibn Mas´ud:
”Participávamos de uma expedição com o Mensageiro de Deus e não trazíamos nossas esposas conosco, portanto perguntamos ao Mensageiro de Deus: Não deveríamos nos castrar? Ele nos proibiu de fazê-lo, mas permitiu-nos de contrair matrimonio com alguma mulher contratada até certa data, dando a ela uma vestimenta como dote (mahr).” (Al-Bukhari e Muslim)
Desse modo, o casamento temporário proporcionou uma solução ao dilema em que tanto os fracos quanto os fortes se encontravam. Foi também um passo para a legalização definitiva da vida marital completa em que se realizariam os objetivos de permanência, castidade, reprodução, amor e misericórdia, bem como o alargamento do circulo de relacionamentos através do casamento.
Podemos lembrar que o Alcorão adotou um curso gradual para a proibição de bebidas e da usura, uma vez que esses dois males eram amplamente difundidos e profundamente arraigados na sociedade pré-Islâmica. Da mesma maneira, o Profeta adotou um processo de graduação com respeito ao sexo, inicialmente permitindo o casamento temporário como um passo para afastamento da fornicação e do adultério, e ao mesmo tempo de aproximação ao relacionamento marital permanente. Mais adiante ele o proibiu completamente, como foi relatado por imam Áli(R) e muitos dos outros companheiros. Muslim relatou isto em seu Sahih, mencionando que Al-Juhani estava com o Profeta quando da conquista de Macca e que o profeta deu permissão a alguns Muçulmanos de contratarem casamentos temporários, Al-Juhani disse: Antes de deixar a Mecca o Mensageiro de Deus disse:  "Deus tornou-o ilícito até o Dia do juízo Final."
Permanece a questão, portanto o casamento temporário (mutaa) é categoricamente ilícito como o casamento com a própria mãe ou filha ou é como a proibição relativa ao consume de carne suína ou carniça, que se torne permissível em caso de necessidade premente, sendo a necessidade neste caso o temor de cometer o pecado de fornicação?
A maioria dos companheiros mantinha a opinião de que após a consolidação da legislação islâmica, o casamento temporário tornou-se inteiramente ilícito. Ibn Abbas, no entanto, emitiu uma opinião diferente, permitindo-o sob premência da necessidade. Uma pessoa perguntou-lhe sobre o casamento com mulheres numa base temporária e ele permitiu a ele de fazê-lo. Um servo dele perguntou então: Isto não é só para condições de premência, quando as mulheres são poucas e outras parecidas? Ele respondeu: Sim. Mais tarde, porem, quando Ibn Abbas viu que as pessoas tinham relaxado e estavam consumando casamentos temporários sem necessidade, ele revogou seu regulamento e sua opinião. (Albukhari e Muslim)
Obs: O casamento temporário é um tipo de fornicação (prostituição) legalizada pelos xiitas e é praticada por eles em nome do Islam!





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الرسالة 13 فكرة الحياة في الإسلام


Conceito Islâmico da Vida

A vitalidade de uma sociedade, povo ou civilização, depende sobremaneira da filosofia de vida concebida e praticada. No seu estado natural, o homem não pensa em nada além do seu interesse particular, e somente depois desse, no dos seus parentes mais próximos.

Entretanto, tem havido em todas as épocas, grupos humanos que se destacaram de modo especial. Quando estudamos os traços e características de uma vintena de civilizações, e talvez estejamos agora no amanhecer de mais uma constatamos que mesmo tendo se destacado determinado grupo entre outros como porta-estandarte de uma determinada época, isto não significa necessariamente que os demais grupos contemporâneos vivessem em estado de primitiva selvageria.

Há, pelo contrário, uma relativa predominância de uma sobre as outras na escada de graduação. Quando os fenícios, por exemplo, surgiram em cena e desenvolveram uma brilhante civilização, diversos outros povos contemporâneos eram talvez tão civilizados quanto eles, faltando-lhes apenas a ocasião e um campo adequado para o desenvolvimento de suas atividades.

Na época Árabe-Islâmica, os gregos, os romanos, os chineses, os hindus e outros, possuíam todas as características de um povo civilizado; no entanto não ascenderam às alturas de porta-estandartes da civilização de sua época. Em nossos tempos, se os e.u.a. e a Rússia formam a vanguarda com seu poderio nuclear e outras pretensões, os ingleses, franceses e alemães seguem-nos bem de perto. Não obstante o progresso de alguns, existem ainda e ao mesmo tempo, mesmo nessa segunda metade do século XX, em algumas partes do planeta, grupos entregues à selvageria, senão ao canibalismo.

Surge a questão de porque a evolução de alguns é rápida enquanto a de outros, lenta? Numa época em que os gregos desfrutavam uma civilização gloriosa, porque a Europa Ocidental estava entregue à barbárie? Porque o barbarismo prevaleceu na Rússia quando os árabes alcançaram o ápice do esplendor? A mesma questão pode ser posta em relação a diversas nações em variadas épocas.

Será pura e simplesmente uma questão de acaso e circunstância, ou será que isto se deve ao fato de que alguns indivíduos de personalidade mais nobre e elevada nasceram em um dado grupo em detrimento de outros? É possível que haja outras explicações plausíveis também, mais complexas e dependentes de uma gama variada de causas co-existentes que governam as realizações de uns, e a frustração e até extinção de outros.

Há ainda uma outra questão. Após uma fase momentânea de esplendor, porque os povos recaem novamente numa obscuridade relativa quando não a um estado quase-bárbaro?

Propomo-nos a investigar essas questões, em relação ao Islam contemporâneo, e de debater, se possível, as chances que este tem de sobreviver. Se acreditarmos em Ibn Khaldun, aceitaremos i fator biológico como a causa essencial.

Ao final de uma única geração, a raça esgota sua vitalidade, e para propiciar o rejuvenescimento, é preciso que haja na família humana pelo menos uma mudança da liderança de seus negócios. A teoria racial, mesmo que seja considerada como um exagero intelectual, pode afetar civilizações étnicas e religiões intransigentes que não admitem a conversão e a miscigenação.

O Islam felizmente, escapa desse ciclo de decadência; pois seus seguidores são encontrados permeando todas as raças, e ele continua alcançando um maior ou menor progresso em todos os cantos do mundo. Além do mais, é unanimemente reconhecido que o Islam conseguiu eliminar completamente, dentro de sua comunidade, os preconceitos raciais, uma característica que lhe permite aceitar sem hesitação, os homens de qualquer raça para serem seus líderes e porta-estandartes.

A emancipação sistemática de escravos, que foi ordenada pelo Alcorão, representa outro exemplo glorioso. Para dizer uma verdade, é notável que tenham existido várias dinastias de governantes muçulmanos na história, que se originaram dos escravos recém-liberados.  
A vida e morte de uma civilização depende de maneira igual da qualidade de seus ensinamentos básicos. Se esses convidam seus acólitos a renunciar ao mundo, com certeza que obterão um grande progresso espiritual, porém, as outras partes constituintes do homem, seu corpo, suas faculdades intelectuais etc., não poderão desempenhar suas habilidades naturais e morrerão antes mesmo de florescerem.

Se, por outro lado, uma civilização ressalta somente os aspectos materiais da vida, o homem atingirá bastante progresso nesses aspectos em detrimento dos outros; e uma tal civilização pode até transformar-se em um bumerangue, causando a sua própria morte.  
Isto porque o materialismo freqüentemente engendra o egoísmo e a falta de respeito pelo direito de terceiros, criando inimigos, os quais ficam na expectativa de oportunidades para represálias. A conseqüência é a matança mútua. A história dos dois salteadores é bem conhecida. Eles tinham conseguido apossar-se de algum saque.

Um deles foi a cidade para comprar provisões enquanto o outro se encarregou de catar lenha para preparar a refeição. Entretanto, ambos resolveram intimamente livrar-se um do outro para ficar sozinho com o produto do saque. Com esse propósito, o que tinha ido fazer compras, envenenou as provisões; enquanto seu camarada ficou esperando de tocaia, matando-o no retorno da vila; porém, ao saborear da comida, ele também se reuniu ao seu companheiro no outro mundo.

 Há talvez um outro defeito inerente a uma civilização cujos ensinamentos não contenham uma capacidade inata de desenvolvimento e adaptação às circunstâncias por mais atraente que o seu ensinamento seja em determinada época ou ambiente, pode não servir em outro; ficar seduzido por tais ensinamentos provar-se-á, evidentemente, ser fatal para aqueles que vieram a seguir.

Um exemplo simples deve bastar para ilustrar esse ponto. Quando ainda não havia luz elétrica e quando os centros de certos cultos não possuíam uma receita estável, acender uma vela certamente era interpretado como um ato de devoção em tais lugares de interesse religioso.

Nada há que se dizer contra um ato de devoção por parte de alguém arrependido, para quem esse ato representa uma forma de expiação e anulação do crime cometido contra Deus, ou contra um homem, que seria difícil de reparar de outro modo. Mas pode o acender de velas em lugar agora amplamente iluminado com lâmpadas elétricas serconsiderado mais que um inútil desperdício? Estudemos o Islam à luz de tais circunstâncias.


Ideologia Islâmica


É bem sabido que a divisa do Islam está resumida na expressão do Alcorão "bem-estar neste mundo e bem-estar no outro". O Islam certamente não satisfará aos extremistas de qualquer escola, seja a dos ultra-espiritualistas ou a dos ultra-materialistas, porém, pode ser praticado, pela maioria preponderante da humanidade que segue um caminho intermediário, e procura desenvolver simultaneamente o corpo e a alma, criando um equilíbrio harmonioso no homem como um todo.

O Islam insiste na importância de ambos estes fatores constituintes do homem, e da sua inseparabilidade, de modo que um não venha a ser sacrificado em benefício do outro. Se o Islam prescreve deveres e práticas espirituais, estas contêm também vantagens materiais; da mesma forma, se o Islam autoriza um ato de utilidade secular, explica como tal ato também pode servir de fonte de satisfação espiritual. Os exemplos que seguem servirão para ilustrar este argumento.

É provável que concordemos que o objetivo das práticas espirituais é o de se aproximar do Ser Necessário, nosso Criador e Senhor, e de obter Seu agrado. Portanto, o homem tenta "tingir-se com as cores de Deus" como determina o Alcorão, a fim de enxergar com os olhos d'Ele, de falar a linguagem d'Ele, buscando imitá-lo conforme as humildes capacidades humanas.

crente deve jejuar na ocasião determinada pelo Alcorão, porque este é um mandamento de Deus. E obedecer ao mandamento do Senhor é um ato de devoção, e além disso, o jejum enfraquece o corpo, fortificando a alma pela redução dos desejos materiais. O praticante sente uma elevação espiritual, pensa em Deus, e de tudo que Ele faz por nós, além de desfrutar ainda outros benefícios espirituais. Mas o jejum também proporciona benefícios materiais.

A acidez que é secretada pelas glândulas quando estamos com fome e sede, mata muitos micróbios no estômago. Desenvolvemos também a capacidade de suportar a privação em momentos de crise sem por isso perturbar o cumprimento dos nossos deveres normais.

Se jejuamos por razões materiais apenas, o ato não tem nenhum valor espiritual; mas se jejuamos para obter as boas graças de Deus, as vantagens materiais não são excluídas. Sem entrar num debate pormenorizado, pode se observar que outros atos e práticas do Islam também têm tal efeito duplo, espiritual e temporal.

Assim é na oração, seja individual ou em congregação, e é também verdadeiro na abnegação do próprio ser que se pratica na ocasião da peregrinação à casa de Deus, na prática de caridade aos pobres, e em outras práticas religiosas e espirituais além do mínimo obrigatório.

Se fazemos alguma coisa exclusivamente por amor a Deus, sempre terá um mérito duplo uma vantagem espiritual sem prejuízo dos benefícios materiais. Pelo contrário, se fazemos a mesma coisa com objetivo material somente, podemos obter o propósito pretendido mas a vantagem espiritual será totalmente perdida. Recordemos o ditado célebre do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele):

"Os atos devem ser julgados de acordo com as intenções.”

Para falar de um ato exclusivamente temporal, todos pagamos impostos ao governo. Não deveria ser motivo de espanto saber que o Islam considera este ato como um dos cinco elementos básicos da Fé, tão importante quanto a crença, a oração, o jejum e a peregrinação.

A significação é profunda: une-se o espiritual e o temporal em um todo único, e paga-se o imposto não como um dever ou mesmo uma obrigação social, e sim, como um dever para com Deus, de Quem nada pode ser ocultado e Que é, além do mais, capaz de nos ressuscitar e de exigir nossa prestação de contas. Pode-se compreender facilmente com que cuidado e escrúpulo, o fiel pagará o que é devido no desempenho dessa obrigação.  
Do mesmo modo, a guerra é proibida pelo Islam exceto pela causa de Deus; e não é difícil compreender que um soldado de um tal exército seja mais humano e não desejará um ganho secular pelo fato de arriscar sua vida. Pela espiritualização dos deveres temporais, o Islam não teve nenhum motivo outro que o fortalecimento do fator espiritual do homem, o qual, desse modo, ao invés de buscar ganhos materiais pelos valores materiais, aspira tão somente obter as graças de Deus.

O grande místico al-Ghazali não exagerou quando disse: ‘’Se alguém ora ou jejua por ostentação, está praticando o politeísmo, cultuação a si mesmo, e não de Deus, Todo-Poderoso; pelo contrário, se coabitamos com a nossa esposa, não pelo prazer carnal, mas no desempenho de um dever imposto por Deus, isto constitui um ato de devoção merecedor da graça e da recompensa de Deus.’’

Um corolário talvez do mesmo conceito abrangente da vida, está no fato de que o Alcorão usa freqüentemente a fórmula dupla de "creia e pratique boas ações", pela qual a mera declaração de crença, sem aplicação ou prática, não tem muito valor. O Islam insiste em um tanto quanto no outro.

A prática de boas ações sem a crença em Deus é, sem dúvida, preferível, para o bem da sociedade, à prática de ações ilícitas; entretanto, do ponto de vista espiritual, uma boa ação sem fé não pode propiciar a salvação na Outra Vida.

Como distinguir o bem do ilícito? Em primeira instância, somente a lei revelada pode servir de critério, e em último recurso, a nossa própria consciência é que deverá servir de árbitro. Quando um problema surge, podemos consultar aos textos da lei islâmica, pessoalmente se pudermos ou com a ajuda de alguém instruído, ou, se necessário, com algum dos especialistas.

Entretanto, um jurisconsulto só poderá responder com base nos fatos que lhe forem dados a conhecer. Se quaisquer fatos materiais forem ocultados dele, seja intencionalmente seja de outro modo, a injustiça que resultar não pode ser atribuída à lei. Podemos aqui recordar um parecer encantador do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); que disse certo dia:

"Gente! Nas queixas que vieram ter a mim, decido com base somente nos fatos que são trazidos ao meu conhecimento; se, por falta de informações completas, eu tomar uma decisão em favor de alguém que não possui nenhum direito, façam-no saber que será destinada a ele uma parte do fogo do inferno.”

Um axioma islâmico ressalta o mesmo ao dizer: "Consulte a sua consciência até mesmo se os jurisconsultos lhe proporcionam justificativas.”

Jamais pensar nos outros, mas somente em si mesmo, não só não é humano, como é animalesco. Pensar nos outros após haver preenchido as nossas próprias necessidades é normal e permissível. Assim mesmo o Alcorão louva aqueles que preferem os outros acima de si mesmos, mesmo que a pobreza lhes sobrevenha como conseqüência.

Evidentemente, trata-se apenas de uma recomendação e não de um dever obrigatório imposto ao homem comum; se não a observarmos, não seremos considerados criminosos ou pecaminosos. Podemos citar também a tradição do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); em relação ao mesmo tema:

"O melhor dos homens é aquele que faz o bem aos outros.”

A orientação alcorânica pode ser considerada como tendência característica do Islam, como seja:

"Mas divulga a mercê do teu Senhor em teu discurso!" (Alcorão Sagrado 93:11).

Uma tradição do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); explica esse versículo de modo impressionante:

"Deus gosta de ver os traços de Suas graças sobre as Suas criaturas.”

Aconteceu que certa vez, um dê seus companheiros veio ter com ele vestido miseravelmente apesar de ser uma pessoa abastada. Quando o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); perguntou-lhe a razão, ele respondeu que ele preferia ter uma aparência miserável não por avareza, mas por devoção, já que ele preferia os necessitados a si próprio. O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); não aprovou isso, e impôs um limite ao auto-sacrifício. O Alcorão vai mais além:

"Não te esqueças de teus deveres neste mundo." (Alcorão Sagrado 28:77)

O Islam não admite que um homem pare de trabalhar e se transforme num parasita; pelo contrário, cada um deve usar todos os dons e talentos que possui para desfrutar dos frutos da criação de Deus, e adquirir tantos quantos possíveis; o que exceder as próprias necessidades pode ser destinado à ajuda daqueles que carecem do essencial. O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); disse de modo inequívoco:

"É melhor que deixeis para trás, vossos parentes bem providos, do que se vejam obrigados a pedir esmolas a outrem."

Apesar da imposição de práticas diárias consideráveis, o Islam não exige de ninguém a mortificação ou a miséria voluntárias; pelo contrário, o Alcorão censura aqueles que mantém tal comportamento:

"Dize-lhes: Quem pode proibir as galas de Deus e o desfrutar dos bons alimentos que Ele preparou a Seus servos? Dize-lhes ainda: Estas coisas pertencem aos que crêem durante a vida neste mundo (ainda que as compartilhem com os demais); porém, serão exclusivas dos crentes, no Dia da Ressurreição. Assim elucidamos os versículos aos sensatos."(Alcorão Sagrado 7:32)

Há as coisas que são permitidas pela lei: mas negar voluntariamente a si mesmo não é necessariamente um ato de devoção, como seria o caso da abstenção das coisas proibidas pela mesma lei.


A Crença em Deus


O homem parece ter sempre procurado conhecer seu Criador com o propósito de obedecê-Lo. Os melhores líderes religiosos de todas as épocas e civilizações têm estabelecido regras de conduta com esse fim. Os povos primitivos adoravam as manifestações dos poderes e beneficência de Deus, esperando desse modo agradá-Lo. Outros acreditavam em dois deuses distintos, um deus do bem e outro do mal; sem perceber a conseqüência lógica de tal distinção, que implica num conflito entre os deuses.

Outros ainda, cercaram Deus de mistérios que às vezes mistificam a pessoa de Deus. E ainda outros têm sentido a necessidade de ter símbolos, fórmulas ou gestos que mal os distinguem de suas próprias concepções da idolatria e do politeísmo.

Nesse campo, o Islam tem a sua particularidade. Ele acredita na absoluta Unicidade de Deus, e prescreve uma forma de culto e de oração que não admite nem imagens nem símbolos (considerando-os como reminiscências do primitivismo e da idolatria).

No Islam, Deus não é somente transcendente e imaterial, além de qualquer percepção física, como também é Onipotente. As relações entre o homem e seu Criador são diretas e pessoais, sem exigir qualquer intermediário. Até os mais santos dos santos, como os profetas, não passam de guias ou mensageiros; e cabe ao homem individualmente, fazer a sua escolha e de assumir sua responsabilidade perante Deus.

Ver-se-á desse modo que o Islam busca desenvolver a personalidade do indivíduo. Ele admite que o homem tem fraquezas, visto que é composto simultaneamente pelas capacidades tanto do bem como do mal; mas não admite que haja nele um pecado original, vendo que fazê-lo seria uma injustiça. Se Adão cometeu um pecado, não há porque este fato repassasse a responsabilidade aos seus descendentes (à posteridade), sendo cada ser humano individualmente responsável por sua própria conta e atos somente.

Em sua fraqueza, o indivíduo pode cometer ofensas a Deus ou contra seus semelhantes. Cada ofensa tem, em princípio, um castigo proporcional, mas o Islam reconhece a possibilidade do perdão, cujos constituintes, são o arrependimento e a reparação.

No que tange às ofensas contra o homem, elas devem ser reparadas, na medida do possível; para que a vítima possa perdoar graciosamente, ou, com a restituição do objeto que lhe fora tomado, ou pela reposição deste, ou de alguma outra forma semelhante.

No tocante às ofensas a Deus, o homem pode ser adequadamente punido ou receber o perdão magnânimo de Deus. O Islam não admite que Deus precise punir primeiro algum inocente para só então conceder Seu perdão a alguns pecadores arrependidos; pois tal seria injusto de parte d'Ele.


A Sociedade


Ao mesmo tempo que o Islam procura o desenvolvimento da individualidade do homem, também procura aperfeiçoar a coletividade social. Isto pode ser percebido de todas as suas determinações, sejam religiosas ou temporais.

 Assim, o culto de oração é em princípio, uma atividade coletiva (se em caso de necessidade há alguma isenção relativa às cinco orações diárias, não existe nenhuma em relação às congregações semanais ou anuais); a peregrinação é um exemplo ainda mais nítido, uma vez que os fiéis se reúnem no mesmo lugar, vindos de todos os pontos do planeta; o aspecto coletivo do jejum se manifesta no fato de ter lugar no mesmo mês para os fiéis de todo o mundo; a exigência de ter um califa, a obrigação de pagar o imposto do zakat para suprir as necessidades da coletividade, etc...

 Todas estas medidas visam o mesmo objetivo, vai naturalmente compreendido que na coletividade, ou sociedade, há urna força que as pessoas não possuem individualmente.

Por razões que são conhecidas melhor por Ele, Deus dotou diferentes indivíduos com diferentes qualidades. Dois filhos de um mesmo casal, dois alunos de uma mesma sala de aula, nem sempre possuem as mesmas qualidades ou capacidades.

Nem todas as terras são férteis; os climas diferem; duas árvores da mesma espécie não produzem a mesma quantidade de frutos, nem a mesma qualidade. Cada ser, cada parte do ser, tem suas próprias peculiaridades. Com base nesse fenômeno natural, o Islam afirma, por um lado, a igualdade original de todos, e por outro lado, a superioridade de um indivíduo sobre outro.

Todos são criaturas do mesmo Senhor, mas não é a superioridade material que conta para obter uma melhor apreciação junto a Deus. Somente a devoção serve de critério de grandeza do indivíduo. Afinal, a vida neste mundo não é senão efêmera e deve existir uma diferença entre o comportamento do homem e o do animal.


Nacionalidade


E é nesse sentido que o Islam rejeita o fundamento estreito da nacionalidade como elemento de solidariedade. A afinidade do parentesco ou com a terra de natividade, é sem dúvida natural; porém, o próprio bem da raça humana exige uma certa tolerância para com outros grupos semelhantes.

A distribuição da riqueza natural de diferentes partes do mundo em quantidades variáveis torna o mundo interpendente. Inevitavelmente, vemo-nos forçados a "viver e deixar viver"; caso contrário uma onda interminável de vendetas nos exterminaria a todos. A nacionalidade baseada na linguagem, na raça, na cor, ou no lugar de nascimento, é por demais primitiva; ela contém uma fatalidade, um impasse, algo em que o homem não tem escolha.

A noção islâmica é progressiva, e se baseia unicamente na escolha do indivíduo. Pois ela propõe a unidade de todos aqueles que acreditam na mesma ideologia, sem distinção de raça, língua ou lugar de domicílio. Uma vez que se exclui a exterminação ou subjugação dos outros, a única possibilidade válida é a da assimilação, e que meios servirão melhor à assimilação se não a crença na mesma ideologia? Podem reiterar que a ideologia islâmica é uma síntese das exigências tanto do corpo como da alma; além do que ela incute a tolerância.

O Islam tem proclamado que Deus sempre enviou Seus mensageiros, em diferentes épocas e entre povos diferentes. O próprio Islam não reivindica mais que a função de renovar e reviver a eterna mensagem de Deus, tantas vezes repetida pelos profetas.

Ele proíbe toda compulsão em matéria de crença religiosa; e por mais inacreditável que pareça, o Islam se obriga ao dever dogmático e religioso de permitir a autonomia dos não-muçulmanos domiciliados no solo de Estados Islâmicos.

O Alcorão, as tradições e a prática de todos os tempos exigem que os não-muçulmanos tenham suas próprias leis, administradas em seus próprios tribunais por seus próprios juízes, sem qualquer interferência por parte de autoridades muçulmanas em quaisquer assuntos, sejam religiosos ou sociais.


Visão Econômica


A importância social das questões econômicas é evidente demais para exigir qualquer ênfase. O Alcorão não exagera quando declara que os bens materiais constituem os meios próprios da subsistência da humanidade.

Se todos fossem pensar em ninguém além de si próprios, a sociedade correria perigo cada vez maior, pela simples razão de que há sempre alguns poucos ricos e um número bem maior de pobres; e no instante de lutar pela sobrevivência, a vasta maioria dos esfomeados exterminará, ao longo do curso, à maioria dos ricos. Uma pessoa pode suportar muitas privações, mas não de alimentos.

O conceito islâmico sobre este assunto é bem conhecido. Ele enfoca a constante redistribuição e circulação da riqueza nacional. Assim, os pobres são isentos dos impostos, enquanto os ricos são taxados para prover os necessitados.

Além disso, há leis que exigem a distribuição compulsória de heranças, que proíbem a acumulação de riquezas nas mãos de poucos, pelo banimento dos juros sobre empréstimos, e pela proibição de legados que prejudiquem a parentes próximos, etc., e aquelas que prescrevem regras de dispêndio da receita do Estado, visando urna redistribuição benéfica dessa renda entre beneficiários dentre os quais os pobres estão em primeiro lugar.

Resguardado esse ponto de vista, a lei tolera diferenças nos meios e métodos de acordo com a região, a época e as circunstâncias, desde que a meta seja alcançada. É tolerada a competitividade das empresas privadas enquanto esta não degenerar na exploração e ruína daqueles que são economicamente mais fracos.

Igualmente, será tolerado o planejamento global se isto parecer necessário, devido a circunstâncias ou à evolução econômico-demográfica. De qualquer modo, deve, ser evitado o desperdício de bens como também de energia, e devem ser adotados os meios que melhor se adaptem às necessidades do momento.


O Livre Arbítrio e a Predestinação


Isto nos traz à questão filosófica do livre arbítrio. Esse eterno dilema jamais poderá ser resolvido por pura lógica. Pois, se o homem desfruta do livre arbítrio em relação a todos os seus atos, isto afeta evidentemente a onipotência de Deus. Do mesmo modo, se Deus preestabelece o destino, porque então o homem deve ser responsável pelos seus próprios atos?

 O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); recomendava enfaticamente aos seus seguidores que não se envolvessem em debates sobre este tópico, "que já desvirtuou tantas pessoas que vieram antes de vocês"; e ele separou as duas questões, ou seja, a onipotência de Deus e a responsabilidade do homem.

Na verdade, não há lógica no amor, e o muçulmano ama o seu Criador; ele é incapaz de aceitar que Deus tenha atributos defeituosos; Deus não só é sábio e poderoso, como também é justo e misericordioso no mais alto grau. O Islam separa os assuntos celestiais, que são atributos de Deus, dos assuntos temporais, e insiste que os fiéis ajam; e uma vez que a vontade Divina repousa oculta ao homem, é dever deste jamais se desesperar após um fracasso preliminar, mas de tentar novamente e mais uma vez até que o objetivo ou é alcançado ou se torna impossível de realizar.

O conceito islâmico da predestinação vem no último case para consolar o homem: aquilo era a vontade de Deus, e o êxito ou fracasso nesse mundo não tem importância em relação à salvação eterna, assunto no qual Deus julga de acordo com as intenções e esforços e não de acordo com a medida de realizações e êxitos.

De acordo com o Alcorão (entre outras passagens) essa é a verdade que é sempre revelada por Deus aos Seus sucessivos mensageiros:

"Acaso, não foi inteirado de quanto encerram os livros de Moisés? E os de Abraão, que cumpriu (suas obrigações)? Que nenhum pecador arcará com culpa alheia? E que o homem não obtém senão o fruto de seu proceder? E que seu proceder será examinado? Depois, ser-lhe-á retribuído com a mais eqüitativa recompensa? E que pertence a teu Senhor o limite”. (Alcorão Sagrado 53:36 ao 42)

Se o homem não se considerasse responsável pelos seus atos perante Deus, Todo Poderoso, ele não mereceria nem punição nem recompensa. Para resumir, já que o Islam separa completamente as duas questões, não é difícil ao Islam admitir ao mesmo tempo os requisitos do homem (esforço, senso de responsabilidade) e os direitos de Deus com todos os Seus atributos, incluindo o poder de predeterminar.

A predeterminação no Islam tem um outro significado não menos importante, qual seja, de que é somente Deus Quem sozinho determina ao ato humano a qualidade de bem ou de mal; é somente Deus Quem é a fonte de toda lei. São as prescrições Divinas que devem ser obedecidas em todo o nosso comportamento; as quais Ele nos comunica através dos Seus mensageiros escolhidos. Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); foi o último desses, e também aquele cujos ensinamentos foram melhor preservados. Não possuímos os originais das mensagens mais antigas, que sofreram danos nas infelizes guerras fratricidas da sociedade humana.

O Alcorão não é apenas uma exceção à regra, mas constitui também a última mensagem Divina. É tido como convencional que, as leis de data mais recentes revogam as disposições contrárias anteriores do mesmo legislador.

Concluindo, vamos nos referir a outra característica da vida islâmica: É dever do muçulmano não apenas obedecer a lei Divina em sua conduta diária, em sua vida como um indivíduo bem como parte da coletividade, e em sua vida temporal tanto quanto espiritual; ele também deve contribuir, de acordo com as suas capacidades e condições, para a propagação dessa ideologia que se baseia na revelação Divina e é destinada ao bem-estar de todos.

Ver-se-á que um credo tão composto, abrange a vida inteira do homem, não somente material como também espiritual; e de que, de acordo com ele, cada um vive neste mundo em constante preparação para a Outra Vida.






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شكرا 
وحظ موفق
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